| 18/03/2010 08h04min
As partidas de futebol em Joinville podem ter um horário-limite para encerrar. Seguindo exemplo do projeto aprovado e prestes a virar lei em São Paulo, um texto semelhante foi proposto na Câmara de Vereadores. A ideia é que os jogos acabem até as 23h15.
A proposta, da vereadora Dalila Leal (PSL), em tese valeria basicamente para o JEC. Caso seja aprovada, o descumprimento da lei geraria uma multa de R$ 50 mil e a interrupção da partida pela polícia no momento em que o horário-limite fosse ultrapassado.
Para Dalila, o objetivo é controlar os horários dos jovens e facilitar a vida dos trabalhadores que têm dificuldade para pegar transporte depois do evento.
— Vai dar polêmica. Mas temos que trazer a discussão e chamar os envolvidos diretos para conversar. Se precisar fazer emendas, serão feitas. Mas os horários de jogos terão de se adaptar à necessidade de quem frequenta a Arena —, explica.
Mas para virar lei, a proposta
terá de encontrar um modo de driblar os contratos
assinados pelo JEC com a TV. O atual contrato do Catarinense vai até o fim do campeonato de 2012.
— Se assinamos um contrato com a TV, não é justo com quem comprou os direitos —, explica o presidente do JEC, Márcio Vogelsanger.
O prazo para adequação da lei seria de 60 dias. Tempo considerado insuficiente pelo dirigente. O Tricolor ainda disputa este ano a Copa Santa Catarina e a Série D.
Outro prejudicado pode ser o Coritiba, que pretende jogar na Arena dez partidas do time na Série B. O presidente da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej), Jorge Nascimento, prevê problemas nessa negociação.
— Vamos apresentar esse fato novo para a direção do Coritiba. Se o projeto for aprovado, não há o que discutir. Lei se cumpre. Daí, os clubes e as entidades de futebol vão precisar ver o que legalmente pode ser feito —, ressalta.
No caso da equipe paranaense, algumas das partidas terão transmissão
nacional, com começo às 22 horas.
— Concordo com a ideia,
mas vamos ter de esperar pra ver —, comenta.
Objetivo é controlar horários dos jovens e facilitar a vida dos trabalhadores que têm dificuldade para pegar transporte após o evento
Foto:
Emerson Souza