Rafael, 23 anos, olha para trás e diz: cheguei aqui um menino. Falando assim, parece que faz muito tempo. Nem tanto. O que faz o zagueiro do Avaí pensar desta forma são as transformações pelas quais passou desde que chegou à Ressacada, em 2007. Ele virou capitão nesta quinta-feira, dia 4, às 21h50min, contra o Juventus, faz o jogo de número 100 com a camisa do Leão.

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Quando chegou, Rafael era pouco conhecido. Vindo do Rio Grande do Sul, era apenas um garoto de 20 anos, prestes a completar 21, que buscava um novo espaço após ter atuado em três clubes gaúchos (Juventude, de onde veio, e na base do Grêmio)

— Quando cheguei eu ainda estava iniciando a minha carreira de jogador. Hoje já conquistei bastante coisa. Evoluí junto com o Avaí — considera.

O zagueiro estreou no clube no Returno do Catarinense 2007 e já entrou para a seleção do campeonato. Passou a ganhar reconhecimento, mas o melhor estava guardado para o ano seguinte, quando ajudou o clube a subir para a Série A do Brasileiro. Foi o momento mais especial até agora, tanto que ele nem pede tempo para pensar quando questionado sobre o jogo mais marcante dos 99 já disputados.

— O acesso em 2008, contra o Brasiliense, foi inesquecível. Pela conquista e por ter atuado com o meu irmão — afirma.

O gêmeo Cássio foi para o Fluminense. Rafael continua a escrever sua história no Avaí e esta temporada acrescentou um capítulo importante, ao assumir a braçadeira de capitão que até o ano passado pertencia a Marquinhos. O zagueiro crê que a trajetória no clube contribuiu para que fosse escolhido para a função, exercida mesmo fora de campo:

— Acredito que fui "efetivado" pela identificação com o clube. Posso dar conselhos e fazer o elo dos jogadores com a comissão técnica e direção — explicou.

Dentro de campo, outras características favorecem. Uma delas, segundo ele, a serenidade:

— Sou assim e a cobrança não deixa de existir por causa disso — afirma.

Ele dará mais uma demonstração nesta quinta, na Ressacada. O melhor presente, apesar das prováveis homenagens, será fazer o jogo de número 100 diante da torcida. Ao lado dele, contra o Juventus, estará um novo companheiro de zaga: Emerson Nunes, que entra no lugar do xará Emerson, suspenso. Rudinei também está fora e será substituído por Batista. Já o ataque terá o retorno de Leonardo.

Juventus espera milagre na Ilha

Pontuar. Este é o objetivo do Juventus na partida desta quinta na Ressacada. Sem o artilheiro Ramon, que assinou um pré-contrato o Bahia e nem participou dos últimos treinos, o time de Jaraguá do Sul espera obter, no mínimo, um ponto em Florianópolis. Para tanto, o técnico promete uma nova postura da equipe em campo.

— Já observamos uma evolução tática desde que assumimos o time, mas é necessário começar a traduzir isto em resultados efetivos — argumentou o treinador do Moleque Travesso.

Nas preleções, Esdras enfatizou que a equipe precisa manter a mesma postura do primeiro tempo diante do Metropolitano, quando o time mostrou poder de reação ao empatar o jogo, quando perdia por 2 a 0.

— Pecamos naquele jogo. Tínhamos a vitória nas mãos e a deixamos escapar. Amanhã (hoje) temos que agir de outra maneira se quisermos sair com o bom resultado — disse Alan Patrick, uma das opções de Edras para o ataque.

Para a partida desta quinta, o Juventus terá alguns desfalques. Um deles é o meia Janderson, que está suspenso pelo terceiro cartão. Com isso, Tardelli pode começar jogando no meio-campo. Na zaga, Reginaldo Nascimento, lesionado, é dúvida. Caso não jogue, Carlos Saa pode jogar improvisado no setor, com Amaral entrando para fazer a função de volante no lugar do colombiano.

— Na verdade, só iremos definir o time momentos antes do jogo — destacou Esdras.

A única mudança confirmada é a troca de goleiros. Sai o ex-BBB Ciarelli, e entra André, que ontem treinou entre os titulares.

Ficha técnica

Avaí

Zé Carlos; Rafael, Gabriel e Emerson Nunes; Patric, Rodrigo Thiesen, Batista, Medina e Uendel; Sávio e Leonardo
Técnico: Péricles Chamusca

Juventus

André; Pará, Gasparetto, Reginaldo (Carlos Saa) e Vanderson; Carlos Saa (Amaral), Matheus e Bahia; Tardelli, Júlio César (Alan Patrick) e Júnior
Técnico: José Esdras

Arbitragem: Edmundo Alves do Nascimento, auxiliado por Luís Alberto Kallemberger e André Eduardo da Silveira
Horário: 21h50min
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis
Ingressos: Arquibancada descoberta, R$ 60; Cadeira, R$ 100. Estudantes pagam metade.

No ar: A CBN/Diário transmite a partida e o clicEsportes acompanha o jogo pelo Minuto a Minuto.

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