| 04/02/2010 23h45min
Os torcedores que trocaram o show da cantora Beyoncé pelos artistas da bola não se decepcionaram. Figueirense e Avaí, na noite desta quinta, dia 4, no Orlando Scarpelli, fizeram uma partida bem disputada, com praticamente um tempo de dominio para cada um. O resultado desse equilíbrio? Empate em 2 a 2. Pelo lado do Figueirense, Lucas, Willian e o estreante Bilu pareciam ter ensaiado muito bem a coreografia. Presença de área, velocidade pela ponta e marcação forte. Willian marcou os dois gols do alvinegro. Do lado avaiano, Roberto, que entrou no segundo tempo, foi o destaque. Os gols do Leão saíram dos pés de Rudnei e Leonardo, de pênalti.
Com o empate, o Figueirense chega aos 5 pontos e praticamente dá adeus a uma das vagas no quadrangular do primeiro turno. O Avaí segue invicto e soma 12 pontos, ocupando a terceira posição.
>> Assista os gols do clássico
Vontade, muita vontade
O Avaí começou o jogo atrás. Chamusca montou o time no 3-6-1, ou seja, povoou o meio-de-campo para dificultar as ações do Figueirense. Marcio Goiano, que agora como técnico também nunca perdeu para o Avaí, mandou seus jogadores para o ataque. O Avaí abusou das faltas. O excesso de vontade foi fatal para o alvinegro. Aos 5 minutos, Uendel escapou pela esquerda, limpou o lance e mandou pra área. Rudnei chegou disputando com os zagueiros e mandou para o fundo das redes: Avaí 1x0. Sávio foi marcado de perto e não trouxe perigo ao gol de Wilson. Saiu no intervalo.
Lucas e Willlian, dupla dinâmica
A torcida do Figueirense não se acomodou com as provocações avaianas e seguiu empurrando o time para o ataque. Lucas, sempre com espaço, chegava a todo instante na linha de fundo. Num destes cruzamentos, aos 21 minutos, Willian, que entrava livre no meio da área, de voleio, marcou um golaço. Tudo igual. O Scarpelli virou um caldeirão. Muitos sinalizadores, fumaça e gritos de incentivo. O Avaí continuava travado. Os comandados de Chamusca pareciam não entrar no clima do clássico. Por outro lado, Marcio Goiano conseguiu passar a importância de vencer um jogo como este. Os jogadores alvinegros seguiam com muita disposição. Roger Carvalho, de cabeça meteu uma bola na trave, aos 25. Dois minutos depois, o próprio Roger Carvalho foi até a linha de fundo, pela direita, o caminho das pedras, para o Figueira, e cruzou para o meio da área. Devagar, a zaga avaiana falhou no corte, o goleiro Zé Carlos também saiu errado. A bola sobrou nos pés do atacante Willian que estufou as redes. Era a virada.
Avaí encolhido
O Leão parecia não estar disposto a rugir. Seguiu recuado, facilitando a vida dos alvinegros, que adiantando a marcação, roubavam a bola em maior quantidade levando perigo constante ao gol de Zé Carlos.
Leão mordido
O Avaí, sem Sávio, foi mais veloz. Roberto passou a incomodar a defesa do Figueirense. Afinal, o time, até então invicto no Catarinense não podia fazer uma apresentação como a dos primeiros 45 minutos. A equipe avançou, empurrou o Figueira para trás. O Avaí chegava pelo meio, pelos flancos, mas o Figueirense segurava. Marcio Goiano percebeu que a equipe dava sinais de cansaço. O ritmo do primeiro tempo começava a cobrar seu preço. A única coisa que se manteve igual foi a vontade e disposição em cada lance. Dessa vez para marcar, chutar para longe qualquer perigo à vista. A torcida avaiana sentia o melhor momento e cantava alto nas arquibancadas.
Pressão até o final
O Avaí teve uma penalidade máxima não marcada pelo juiz, aos 34 minutos do primeiro tempo. Gustavo chegou na frente do zagueiro, que por trás, tentou tirar a bola, mas acabou acertando o pé do jogador avaiano. Seguiu o lance. Os avaianos não esmoreceram. Era ataque contra defesa. Roberto, no finalzinho se livrou da marcação e mandou uma bomba. Wilson espalmou. Até o goleiro Zé Carlos foi ao ataque cobrar falta, que ficou na barreira. Aos 46, Medina sofre falta dentro da área. Pênalti. Leonardo cobra, Wilson cai no canto certo, bate na bola, mas ela entra: 2 a 2. Empate, resultado que já está virando clássico do clássico.
Ficha técnica
FIGUEIRENSE (2)
Wilson, João Filipe, Roger Carvalho, Kadu; Lucas (Diego Paulista), Coutinho, Bilu, Maicon, João Paulo; Júnior Negão (Martin), Willian (Roberto Firmino)
Técnico: Márcio Goiano.
AVAÍ (2)
Zé Carlos, Emerson Nunes, Rafael, Emerson; Medina, Robertinho (Gustavo), Rudnei
Davi (Robinho), Uendel; Sávio (Roberto), Leonardo
Técnico: Péricles Chamusca
Gols: Rudnei (A), aos 5 minutos do 1º tempo; Willian, aos 21 e aos 27 (F). Leonardo, aos 46 (A) do segundo tempo.
Amarelos: Robson (A), Rudnei (A), Leonardo (A), Diego Paulista (F), Kadu (F), Wilson (F), Coutinho (F), Maicon (F), João Paulo (F)
Arbitragem: Célio Amorim, auxiliado por Claudemir Maffessoni e Marco Antônio Martins
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis
Público: 12.406
Renda: R$ 136.350.00