| 03/02/2010 05h10min
Ainda não sairá esta semana a renovação de Jonas, que foi substituído no Gre-Nal e deixou o campo visivelmente chateado, sem dar entrevistas. Amanhã haverá nova reunião, na qual Thiago Gonçalves Oliveira, procurador e irmão do atacante, virá a Porto Alegre conversar com os dirigentes.
O aumento que o Grêmio oferece ao artilheiro do time em 2010, com quatro gols, já anda na casa dos 40%, embora Thiago se recuse a falar em valores. Como o seu salário situa-se na faixa dos R$ 60 mil, passaria para algo em torno de R$ 80 mil.
Confrontado com os padrões do brasileiro comum, um salário sensacional. Só que o mundo do futebol de ponta é regido por outras leis.
Hugo ganha R$ 180 mil. Souza, que vai ficar seis meses parado por conta da
cirurgia no joelho, recebe R$ 200 mil.
Jonas pretende algo próximo disso,
já que é tão titular quanto estes. Antes de se machucar no segundo semestre de 2009 era um dos principais jogadores da equipe. Chegou a disputar a artilharia do Brasileirão com Adriano, do Flamengo. Ao final do ano, contabilizou 28 gols. Ninguém do Grêmio fez mais. Exige valorização.
O seu contrato termina em dezembro deste ano. Os direitos econômicos estão divididos entre Grêmio (50%), o próprio Jonas (25%) e o Santos (25%). O problema é que, em julho, seis meses antes, ele poderia assinar pré-contrato com outro clube, sinalizando para uma saída sem ressarcimento aos cofres do Olímpico.
Este é o receio do Grêmio: Jonas ir embora de graça.
A janela de transferências para o Exterior, que vigora durante o mês de agosto, é mais abrangente do que a encerrada no fim de janeiro. É o período no qual os clubes europeus estão formando seus times para a temporada, que na Europa começa no meio do ano.
Se
Jonas estiver livre de vínculo com o Grêmio, a chance de sair
do Olímpico é ampla. E nem precisa ser para um mercado expressivo. O problema é este: Jonas, não sem boa dose de razão pelo seu desempenho, quer ser tão valorizado quanto as principais estrelas do grupo.
O Grêmio pagará?
Artilheiro do Grêmio no Gauchão, o atacante Jonas quer ser mais valorizado no Olímpico
Foto:
Daniel Marenco