| 01/02/2010 16h16min
Inter e Grêmio mediram forças neste domingo em Erechim no primeiro Gre-Nal de 2010. O Colorado saiu vencedor por 1 a 0 e algumas impressões foram tiradas do maior teste para as equipes até agora. O time do Beira-Rio se prepara para a Libertadores, enquanto o rival do Olímpico foca na Copa do Brasil. Na avaliação de cronistas do Grupo RBS, o Tricolor precisa ajustar o meio-campo. Já o Inter está mais adiantado, mas precisa definir o companheiro de Alecsandro no ataque.
– A definição do meio-campo será complicada para o Silas. Ele precisará ter marcação e os articuladores dele não marcam, o Hugo e o Souza principalmente. Chega o Douglas, que também não marca. Tem o Leandro que pode se apropriar de uma das posições. Mas eu não deixaria o Maylson fora de cogitação – disse Wianey Carlet, colunista de Zero Hora e comentarista da Rádio Gaúcha.
O narrador Pedro Ernesto Denardin também crê que Maylson deveria receber mais oportunidades:
– Ontem Maylson e Fernando entraram para melhorar a qualidade. O Maylson incrivelmente não conseguiu empatar o jogo. O Fernando também está pedindo passagem. É melhor do que alguns jogadores contratados, como o Ferdinando por exemplo – salientou.
O apresentador e comentarista da TVCOM, Maurício Saraiva avalia que Souza não se saiu bem na articulação. A alternativa de Silas seria colocar o jogador na ala direita:
– O Souza cada vez mais prova que não é um jogador central, é periférico. Ele vai acabar jogando na ala direita, porque assim abre espaço para a entrada do Douglas no meio-campo. Adilson e Ferdinando formam uma dupla de volantes inferior tecnicamente a Fernando e Maylson, que estão no banco de reservas – observou.
Nando Gross, apresentador e comentarista da Gaúcha, também concorda que a articulação tricolor não funcionou. Mas alerta que o problema está um pouco mais atrás:
– Os volantes do Grêmio apresentam dificuldades para jogar. Eles têm problemas para dar passe, para sair mais à frente, para fazer o lançamento, para aparecerem na articulação ofensiva do time – reiterou.
Os jornalistas consideram cedo para Silas sofrer desconfianças em relação ao trabalho realizado. No entanto, o treinador precisa ter mais convicção na hora de definir o esquema de jogo:
– Ele procura saber o sistema tático do adversário e faz o mesmo. E como se desenha o jogo? No duelo individual, jogador contra jogador. Convenhamos, esperar o esquema do Santa Cruz? Não precisa. Contra o Inter, até pode ser. O Grêmio precisa ter um time que, independente do adversário, tenha sua forma de jogar – comentou.
O Inter de Fossati
Os cronistas foram praticamente unâmides ao destacar que o Inter de Jorge Fossati começa a ter uma cara. O time está encaminhado e apresenta qualidade técnica. A principal dúvida está na definição do segundo atacante:
– No Inter, o problema está no segundo atacante. Não é no Alecsandro, vaiado pelo torcedor. Ele está fazendo os gols. Quem o acompanha? Ontem no momento em que o segundo atacante, mesmo de nuca, lhe ofereceu a bola, ele foi lá e marcou o gol. O Inter tem que resolver esse problema porque os adversários na Libertadores são muito perigosos – alertou Pedro Ernesto.
– O Taison teve uma atuação irregular no Gre-Nal e o Alecsandro acabou marcando o gol no clássico. Pode dar Walter, Marquinhos, Edu, ou se tentar Alecsandro com Kléber Pereira – projetou Maurício Saraiva.
Wianey Carlet tem outra posição. Apesar de Alecsandro ter balançado as redes no Gre-Nal, o jogador ainda precisa apresentar mais para ter posição garantida no Colorado.
– O Alecsandro marcou o gol no Gre-Nal, mas até aquele momento não havia feito nada na partida. No ano passado, ele também havia deixado a desejar. Mas não sei se Kléber Pereira poderá desbancar o Alecsandro – opinou o colunista, que espera de Fossati coragem para testar outros jogadores no setor, como Walter, Edu e Damião.
CLICESPORTES
Silas e Fossati testam equipes para estreias na Copa do Brasil e Libertadores
Foto:
Daniel Marenco
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