Ainda em litígio com o Grêmio, o centroavante Maxi López acertou nesta quarta com o Catania-ITA. No mesmo dia, o Tricolor notificou a direção do novo time do argentino sobre a pendência judicial com o jogador. De acordo com o advogado gremista Claudio Batista, o clube europeu pode até ser punido caso não aconteça a devolução dos € 1,5 milhões pagos para que o jogador permanecesse no Olímpico.

– Estamos encaminhando uma notificação para o Catania a exemplo das que enviamos para o FC Moscou, a Lazio, o Santos e todos aqueles que manifestaram expressamente a intenção de contratar o Maxi López. Fizemos uma notificação pré-monitória no sentido de adverti-los de que o atleta tem uma pendência com o clube e isto será demandado junto à Fifa. Avisamos para que não aleguem que não tinham conhecimento desta pendência – declarou Batista, em entrevista por telefone ao clicEsportes.

De acordo com o contrato assinado por Maxi com o Grêmio, a renovação do jogador seria automática se o clube depositasse € 1,5 milhões (cerca de R$ 3,7 milhões), o que a direção gremista fez no final do ano passado. O atacante, no entanto, enviou um fax ao clube gaúcho avisando que não atuaria mais no Olímpico. O caso ainda será julgado pela Fifa. De acordo com o regulamento entidade, o Catania corre o risco de punição assim como o jogador, explica o advogado.

– Se a Fifa entender que tenha ocorrido o descumprimento contratual por parte do atleta – e a nossa visão é a de que ocorreu –, todos aqueles que se envolveram nisto, agentes e inclusive outros clubes que, cientes desta pendência, ainda assim o contrataram, eles podem sofrer reflexos condenatórios – disse Claudio Batista.

De acordo com o advogado, além do clube, o jogador corre o risco de ser punido.

– Há previsão destas duas sanções, pecuniária (multa) e suspensão, podendo ficar, por exemplo, seis meses sem jogar e nem firmar contrato. Isto tudo depende do exame dos documentos pela Fifa. Temos de aguardar o julgamento – afirmou.