| 10/01/2010 00h48min
Os jogadores da seleção de Togo mudaram de ideia e decidiram disputa a Copa Africana das Nações na Angola. Nesta sexta, o ônibus da delegação togolesa foi metralhado quando passava pela província de Cabinda, na fronteira com o Congo, causando a morte de três pessoas. A revelação foi feita pelo atacante Thomas Dossevi, segundo o site Globoesporte.com.
– Queremos mostrar nossos valores, o amor ao nosso país e que somos homens – disse o jogador, acrescentando que a participação togolesa no campeonato será "em memória das vítimas".
O anúncio foi feito horas depois de o governo togolês exigir o retorno da delegação a seu país. O atentado foi assumido pela Frente de Libertação de Cabinda (FLEC), um grupo rebelde que defende a independência de uma zona situada entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Congo.
Além do motorista do ônibus, que não teve seu nome revelado, foram mortos o assessor de imprensa, Stanislas Ocloo, e o assistente-técnico da seleção togolesa, Abalo Amelete.
Atingido por dois tiros, o goleiro reserva de Togo Kodjovi Obilalé encontra-se em estado de saúde grave, mas estável, informou o hospital Milpark, em Joanesburgo, para onde o atleta foi transferido. Obilalé levou dois tiros nas costas, na altura da cintura.
Brasil condena ataque
O governo brasileiro condenou o atentado contra a seleção togolesa em nota emitida neste sábado pelo Ministério das Relações Exteriores.
"O governo brasileiro condena veementemente o atentado levado a cabo por separatistas do enclave de Cabinda, em Angola, contra o ônibus que transportava a seleção nacional de futebol do Togo. O Brasil, além de repudiar o uso da violência, deplora que atletas e eventos esportivos sejam utilizados como alvo para a promoção de objetivos políticos. O Governo brasileiro expressa sua solidariedade aos povos togolês e angolano", diz o documento.
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