| 09/12/2009 04h01min
De sua casa, no elegante bairro de Kumbaya, em Quito, Jorge Fossati conversou por telefone com Zero Hora. Aos 57 anos, o técnico uruguaio desligou-se na terça-feira da LDU após perder para o Emelec a vaga à pré-Libertadores. Neste ano, foi campeão da Recopa (sobre o Inter) e da Copa Sul-Americana. A imprensa equatoriana o considera bom estrategista. Foi sondado para assumir o Equador. Mas ele deseja ficar perto da mulher, das três filhas e dos três netos, em Montevidéu. Fossati, ex-goleiro do Avaí e do Coritiba, fala um bom português.
Zero Hora – Você já falou com o Inter?
Jorge Fossati – Meus representantes foram procurados, mas ainda estava envolvido com a LDU. Minha saída já estava programada.
ZH – Você conhece o time do Inter?
Fossati – Quem não conhece D’Alessandro, Kleber, Índio, Guiñazu? Lancei Bolaños ainda menino na LDU. Sorondo foi convocado por mim para a seleção
uruguaia.
ZH – Você jogou no Brasil. Isso facilita?
Fossati – Fui treinado por Sérgio Lopes, o Fita-métrica (meia da dupla Gre-Nal nos anos 60), que era auxiliado pelo Ancheta, no Avaí. No Coritiba, tive como treinadores Carpegiani e Felipão. Conheço a história do Inter e suas exigências. Se eu não estivesse preparado para a pressão em clubes grandes ficaria em casa. O brasileiro não olha muito para fora porque muitas vezes o que tem em casa é melhor. O Brasil tem mestres como treinadores.
ZH – Por que a LDU não conseguiu a vaga à pré-Libertadores?
Fossati – Esta é uma longa história. Houve muitos fatores que prejudicaram a LDU no campeonato nacional. Um dia, em um café, em um bate-papo, te conto os motivos.