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 | 04/12/2009 09h49min

Juan mantém a mística da camisa 6 no Flamengo

Técnico Andrade também atuava com o número e o Rubro-Negro por ganhar o hexa

O lateral-esquerdo Juan, também usa camisa 6, foi o autor do gol do último título nacional do Flamengo na Copa Brasil de 2006. Além do fato de Andrade ter sido campeão como jogador e técnico, ainda existe a relação do Rubro-Negro com o número 6. Além de o clube estar às portas de conquistar o sexto campeonato brasileiro, Andrade, que pode ser campeão nacional pela sexta vez, também atuava com a camisa 6.

Feliz pela proximidade do título e por ter conseguido superar as críticas da torcida, Juan acredita que a conquista do hexacampeonato brasileiro será a coroação de uma trajetória repleta de percalços. Para ele e para Andrade, que também enfrentou a desconfiança.

– Desde que cheguei aqui, essa ser á a conquista mais importante. Mas a cereja do nosso bolo será mesmo o título da Libertadores. Já enfrentei momentos difíceis com a torcida, é verdade. Mas os torcedores cobram somente de quem eles sabem que têm potencial – explicou Juan.

Além da resistência inicial do torcedor, que chegou a pegar no seu pé, Juan, recentemente, teve outra dificuldade a enfrentar. Quando assumiu o comando da equipe, Andrade transformou o jogador de ala em lateral-esquerdo:

– Procuro ter objetividade, mas tendo mais cuidado com a parte defensiva. Assim, eu acabo arriscando menos, subo somente na boa. Ainda não readquiri o mesmo nível, mas tenho procurado fazer o melhor – salientou.

Andrade quer fazer história

Andrade terminou a carreira de jogador em 1997, no modesto Barreira (RJ), depois de passar também pelo Operário (MS) e Bacabal (MA). No domingo, o técnico pode voltar a fazer história no Flamengo ao sagrar-se campeão brasileiro. Ele também poderá ser o terceiro campeão nacional como jogador e treinador.

Os outros técnicos foram Paulo Cesar Carpegiani, campeão brasileiro como jogador em 1980 e como técnico em 1982, e Leão, goleiro do Grêmio em 1981 e treinador do Santos no Nacional de 2002.

A história de Andrade com o Flamengo não se resumiu apenas aos lançamentos perfeitos e ao toque refinado. Na final de 1982, contra o mesmo Grêmio, quando o Fla abocanhou o bicampeonato, o hoje comandante rubro-negro foi decisivo.

É verdade que o gol do terceiro jogo foi de Nunes, mas o hoje treinador deu uma "mãozinha" fundamental para que a equipe triunfasse. Após muita confusão na área do Flamengo, Baltazar, atacante do Grêmio, cabeceou. A bola tinha tudo para entrar, mas, no meio do caminho, surgiu a mão de Andrade, impedindo o empate. Em cima da linha, o então camisa 6 rubro-negro salvou o gol que daria o título ao Tricolor gaúcho, e que gerou reclamação por parte dos rivais.

– Nem sei onde a bola bateu. Aconteceu muito rapidamente. Sei que deu muita confusão, porque disseram que a bola tocou na minha mão – lembrou Andrade.

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