| 16/11/2009 07h53min
Eis aí a cara do Grêmio. Um campeonato inteiro discutindo-se se ela existia ou não, e ela se põe à mostra na última curva da competição.
Jogando num estádio que lhe é tradicionalmente inóspito, contra o adversário mais encanzinado com que já deparou em sua história, começando a partida sem cinco titulares e terminando com dois expulsos, o Grêmio conseguiu empatar com o Cruzeiro aos 46 minutos do segundo tempo.
Não por acaso, depois que seu racional, bem educado e frio técnico Paulo Autuori se despediu. Quer dizer que o Grêmio é irracional, mal-educado e quente? Não. Marcelo Rospide é igualmente racional, é igualmente bem educado. Não é frio.
O Grêmio não é frio.
Não pode ser.
Nunca foi.
Também não por acaso, o destaque da partida, o autor da jogada do gol de Herrera, foi o argentino Maxi López. Um jogador de boa técnica, sim; um finalizador, sim; a melhor contratação do ano, certamente;
mas, sobretudo, um jogador de temperamento quente. Um jogador indômito,
que não desiste nunca.
A cara do Grêmio.