| 16/11/2009 04h20min
Sem chances de título ou vaga na Libertadores, o Grêmio tem decisão pela frente. Não no campo: o jogo contra o Palmeiras, quarta-feira, no Olímpico, é o que menos importa nesta semana nas imediações da Azenha. Já não se pode dizer o mesmo dos encontros de gabinetes. Duas reuniões que irão definir o time para 2010. Hoje é a vez de Tcheco. Amanhã, uma conversa dos dirigentes com os representantes do argentino Maxi López resolverá o futuro do centroavante, um dos ídolos da torcida.
O meia Tcheco é o mais ansioso. O técnico Mano Menezes o quer no Corinthians para a Libertadores e espera apenas um sinal verde. O ex-capitão do Grêmio já não esconde mais o desconforto com a indefinição. Ontem, na chegada da delegação a Porto Alegre, Tcheco foi enfático:
– Vamos resolver tudo. Não quero mais esta conversa fiada de vai ou fica – desabafou o jogador, enquanto atendia os fãs no saguão do Aeroporto Salgado Filho.
Tcheco, que faz 34 anos em abril, não deve ficar.
A saída de Paulo Autuori, um
defensor de sua permanência no clube, o afastou ainda mais do Grêmio em 2010. O entendimento no Olímpico é de que o seu ciclo acabou. A ideia é apostar na velocidade e no maior poder ofensivo de Hugo, do São Paulo, 29 anos, que já teria um pré-contrato assinado com o Grêmio. No sábado, após marcar um dos gols na vitória sobre o Vitória por 2 a 0 no Morumbi, Hugo negou a existência do acerto.
– Falaram muita coisa, mas fiquei quieto e na minha. Disseram que eu já tinha acertado com o Grêmio, mas dei a resposta em campo – afirmou o meia.
Com Maxi López, a reunião é amanhã. No Mineirão, mais uma vez o argentino mostrou ser o mais eficiente atacante do Olímpico. Foi dele a assistência para o gol de empate de Herrera. Maxi tem 10 gols no Brasileirão, menos do que os 12 de Souza e os 14 de Jonas, mas ficou muitas rodadas afastado da equipe se recuperando de uma distensão na coxa.
O namoro entre o Grêmio e o argentino já esteve mais firme. O tempo passa e
nada de o Grêmio arrumar o investidor
capaz de bancar o US$ 1,5 milhão de euros exigido pelo FC Moscou por metade dos direitos econômicos. Por ser um atacante jovem (25 anos), estar em boa fase e ter passaporte comunitário, aumentaram as sondagens da Europa, sobretudo da França e da Alemanha. Se não permanecer no Olímpico, para a Rússia ele não voltará: é a certeza de seus empresários.
– Para ele ficar, os dois lados precisam ter interesse – afirmou uma pessoa próxima ao argentino, que esperava uma postura mais incisiva para contar com Maxi em 2010.
– Eu estou tranquilo. Vamos ver o que acontecerá durante a semana – esquivou-se o centroavante.
A situação deles
TCHECO - Seu contrato termina este ano. Ganha R$ 130 mil. Quer incluir luvas no novo contrato.
MAXI - O empréstimo junto ao FC Moscou termina em dezembro. Ganha R$ 200 mil. O Grêmio precisa pagar 1,5 milhão de euros por 50% dos direitos econômicos.
Maxi López recebe o carinho dos fãs na chegada ontem pela manhã a Porto Alegre. Situação do argentino será definida nesta semana
Foto:
Ronaldo Bernardi