| 02/11/2009 14h17min
O caso da série Eu Sou Fanático desta segunda é o de Ore Souza. A torcedora de Passo Fundo enviou duas aventuras: em uma teve que trocar de roupa em um táxi antes de jogo do Grêmio; em outra foi vestida de índia numa partida contra o Pelotas e enfrentou problemas com os rivais. Envie a sua história também para o e-mail esportes@clicRBS.com.br , informando seu nome completo, profissão/ocupação e um telefone de contato, além de uma foto, e tenha a sua aventura publicada no clicEsportes.
Confira as histórias de Ore
Admiro a iniciativa dos que demonstram seu amor pelo Grêmio escrevendo livros sobre ele, (eu também já tive esta vontade, mas faltou coragem para por em prática e em palavras esse amor todo). Louvo as iniciativas desses escritores. Sou gremista desde sempre, demostro o meu amor de todas as forma que posso, uma delas são as tatuagens que tenho pelo corpo (todas do Grêmio).
São oito (por enquanto) e pretendo tatuar no mínimo 11 (que é o número de jogadores em campo): são elas nos tornozelos direito e esquerdo o símbolo do clube, nas costas do lado esquerdo a bandeira, no ombro direito uma cuia com o símbolo do Grêmio, no ombro esquerdo uma flor azul com o símbolo do Tricolor e finalmente no peito do lado esquerdo um coração com o símbolo da equipe. As duas restantes ficam para a imaginação de cada um. Já deu para perceber que sou um pouquinho louca pelo clube e quem não é? Bem vamos a algumas histórias.
Loucuras em azul, preto e branco!
Azul, preto e branco - combinação perfeita de cores, a mais linda na minha humilde opinião. Azul a cor de várias matizes e nuances, o preto do firmamento nas noites sem lua, e o branco da paz: as cores do meu Grêmio! Como boa Gremista (fanática) que sou vou contar uma das loucuras que fiz pelo meu (nosso) Grêmio...Era o ano de 1999 e eu como torcedora, de futebol e do futsal, iria numa viagem a Porto Alegre para assistir aos dois: o time da UPF de Futsal de Passo Fundo contra a Ulbra de Porto Alegre e um jogo do Grêmio, no Olímpico, que iria se realizar no mesmo dia, um sábado, como diz o ditado "matando dois coelhos com uma cajadada só".
No gigantinho o futsal e no Olímpico o futebol, em horários diferentes. Mas como o futsal tem o tempo de jogo cronometrado, e o cronômetro para a cada instante, demorou mais que o esperado. Eu, toda paramentada de UPF, tinha que trocar de roupa e ir do Gigantinho para o Olímpico em pouco tempo, o que fiz?
No final do jogo (só lembro que perdemos para a Ulbra e também a chance de ir para a final do futsal daquele ano), meu pensamento estava já no confronto do Grêmio. Saímos do gigantinho só quando os torcedores colorados já tinham ido, me atrasando mais ainda. Consegui pegar um táxi para o Olímpico e como estava muito atrasada disse ao motorista:
– Toca direto para o Olímpico e não se assuste, pois isso não é um assalto nem um programa de TV, mas eu vou trocar de roupa aqui mesmo no táxi.
Ele levou um baita susto, e começou a correr pelas rua de Porto Alegre, comigo quase pelada no táxi e as pessoas e outros motoristas que passavam por nós não estavam entendo nada... Cheguei ao estádio inteiramente vestida, dos pés a cabeça, de Grêmio, mas com uma "leve" cantada do motorista do táxi que disse:
– Senão estivesse de serviço, iria contigo ao jogo!
Contente por ter chegado a tempo no jogo, eu nem dei bola para o flerte e fui com mala e cuia para jogo. O resultado não lembro, tenho memória fraca, só sei que ganhamos, e é isso que importa!
Outra história aconteceu em Pelotas. Eu estava eu lá para a comemoração do aniversário de uma amiga, e para minha sorte naquele final de semana o Grêmio iria jogar contra o Pelotas, novamente "matando dois coelhos com uma cajadada só". Fizemos um churrascão , bolo, bebidas, tudo como manda uma boa festa, mas eu só pensava no jogo e, para meu azar, ninguém queria ir comigo.
Mas como uma boa gaúcha que sou, enquanto o pessoal dançava eu me trocava para o jogo, fardamento completo, e com direito a maquiagem especial, sombra azul, batom azul, corações azuis nas bochechas, e trancinhas no cabelo. Parecia uma índia xavante só que gremista. Fui sozinha mesmo, com a cara e a coragem, e fiquei na torcida tricolor e xavante, mas como sou irriquieta não conseguia ficar parada nem sentada para assistir ao jogo. O pessoal de trás não gostou nada daquilo, e diziam:
– Senta, senta, senta!
E eu nem aí, pois quando vou ao estádio, seja no Olímpico ou em qualquer outro, vou para vibrar, pular, cantar e incentivar meu time, o tempo todo, então disse:
– Vocês acham que eu vim lá dos Passo Fundo para assistir sentada? Vocês são mesmo de Pelotas gostam de ficar sentados!
Foi aquela gritaria, jogaram até laranja em mim, mas eu fiquei firme e forte, não sentei, e aguentei as vaias. Os torcedores desistiram e pude assistir descansada o resto do jogo. O pior veio no final: o Grêmio ganhou e a saída do estádio foi complicada, pois os torcedores do Pelotas além de bravos com a derrota eu ainda estava vestida de índia. Fui socorrida pelos donos de uma farmácia e tive que chamar meus amigos para poder fugir dos torcedores furiosos.
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