O time do Inter não tem desculpas para a atuação diante do Botafogo, nas palavras do técnico Mário Sérgio. O Colorado acabou perdendo por 1 a 0 neste domingo, no Beira-Rio, e terminou a 33ª rodada do Brasileirão fora do G-4 - é quinto colocado com 52 pontos. O comandante salientou que a torcida teve razão em reclamar após a partida.

– O torcedor tem todo o direito de vaiar, perdeu. Queremos que eles batam palmas para a gente? Nós ficamos satisfeitos quando vencemos o Gre-Nal, perdemos para o São Paulo e ainda vimos uma demonstração de reconhecimento da torcida. Não se pode reclamar da torcida. Eles têm o direito de ficarem irritados e até de ofender nesse momento de nervosismo – declarou.

Mário Sérgio salientou que o gol tomando aos dois minutos do primeiro tempo fez desmoronar todo o planejamento que o Colorado tinha para a partida.

– O time se fechou e era óbvio que teríamos dificuldades. Com um gol à frente, eles congestionaram o meio e o único caminho que nos restava era usar os lados do campo e cruzar bola na área. Tivemos algumas chances e não fizemos. As equipes estão quase no mesmo nível. Com a responsabilidade que se tem de ganhar em casa, você sabe que se levar um gol, complica – analisou.

– Não posso mudar meu discurso em função de um resultado totalmente anormal, que foge à qualquer lógica. É um jogo que não serve nem para reflexão, perdeu, precisamos descartá-lo e partir para o próximo. Tenho que manter a cabeça fria e levantar o moral dos jogadores – completou.

O comandante explicou ainda por que preferiu Bolaños no segundo tempo em vez de Marquinhos:

– Eu precisava do Bolaños, porque não basta só atacar. Eu coloquei o Taison pelo lado direito e tomamos três contra-ataques. Quase que eles fizeram o gol. Então tive que colocar o Taison na esquerda e trazer o Bolaños para a direita. O Bolaños já jogou no Equador em duas linhas de quatro na segunda linha marcando pelo lado direito. Então, ele pode atuar como ala. O Marquinhos não entrou por causa disso – comentou.

O treinador declarou também que não joga a toalha na luta pelo título, mas reconhece que a situação ficou complicada:

– Não dá adeus ao título, matematicamente. Cria um desânimo e temos que trabalhar em cima disso.