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 | 22/10/2009 04h09min

“Conheço bem os jogadores”, diz o árbitro do Gre-Nal

Wilson Seneme apitará o terceiro clássico em Porto Alegre

O paulista Wilson Luiz Seneme, 39 anos, soube que apitaria o Gre-Nal de domingo pouco antes de chegar a São Carlos, interior paulista, ontem à tarde. Vinha de Natal, onde apitou ABC 2x3 Vasco, pela Série B. Funcionário da Secretaria de Esportes de São Carlos, cidade a 231 quilômetros de São Paulo, o árbitro da Fifa vai para o terceiro clássico em Porto Alegre. Seneme será auxiliado por Ednílson Corona (Fifa-SP) e Nílson Monção (SP). Ontem à tarde, uma hora depois de ter sido sorteado para o clássico 378, ele conversou por telefone com ZH. Confira trechos.

Zero Hora – O senhor foi escalado para um Gre-Nal decisivo. Fica a sensação de que entrou em uma fria?

Wilson Seneme
– Para quem é leigo, sim. Quem conhece futebol sabe que é uma satisfação, uma responsabilidade. Será meu terceiro Gre-Nal.

ZH – O senhor apitou dois Gre-Nais. Um deles teve o problema da queima dos banheiros químicos. Acha que foi um caso isolado?

Seneme
– Vi respeito dos jogadores. Jogaram futebol, dentro da regra. O que teve (queima de banheiros químicos e confronto de torcedores do Grêmio com a Brigada Militar) foi na arquibancada. Espero que a estrutura ajude, que as torcidas colaborem. Que tenha clima de paz.

ZH – É bom ser de fora do Estado e não acompanhar de perto o noticiário da semana do clássico?

Seneme
– Sim. Quanto mais isolado ficar, melhor. O Carlos Simon está vindo apitar o clássico paulista (Santos x São Paulo, na Vila Belmiro). É o mesmo critério.

ZH – O senhor teme alguma tentativa de condicionamento?

Seneme
– Não. Isso não tem espaço no futebol. Até porque temos o poder da súmula, de relatar o antes, o durante e o depois do jogo. E conto com a civilidade, a educação das pessoas. É só um jogo de futebol.

ZH – Existe clássico mais difícil do que o Gre-Nal?

Seneme
– Dos que eu fiz, em termos de rivalidade e importância, acredito que o Gre-Nal seja o mais importante entre os clássicos.

ZH – O senhor acompanha jogadores e times? Sabe quem pode complicar nos jogos?

Seneme
– Do mesmo jeito que os jogadores estão trabalhando, a arbitragem também. Conheço as características dos jogadores, mas não por procurar na imprensa. Às vezes, a gente se surpreende com alguns jogadores, tanto de forma negativa quanto positiva. Temos de esperar tudo de todos.

Seneme e o Gre-Nal

CLÁSSICO 366

O Inter usou reservas. O jogo foi marcado pela queima dos banheiros químicos.

30/7/2006 – Beira-Rio

Inter 0

Renan; Ceará, João Guilherme, Ediglê e Rubens Cardoso (Ramon); Wellington Monteiro, Maycon, Álvaro e Adriano (Michel); Iarley e Rentería. Técnico: Abel Braga

Grêmio 0

Grohe; Alessandro, Evaldo, Pereira e Bruno Telles (Valdeir); Jeovânio, Lucas, Tcheco, Hugo e Rafinha; Rômulo. Técnico: Mano Menezes

CLÁSSICO 368

Quatro dias depois de perder a Libertadores para o Boca, o Grêmio venceu o rival.

24/6/2007 – Beira-Rio

Gols: Lúcio e Diego Souza

Inter 0

Clemer; Ceará, Índio, Sidnei (Christian) e Marcão (R.Cardoso); Edinho, W.Monteiro, Pinga (Mossoró) e Alex; Iarley e Adriano. Técnico: Gallo

Grêmio 2

Saja; Patrício, William, Schiavi e B.Telles; Gavilán, Sandro Goiano, D. Souza e Lúcio; Ramón (Edmílson) e Amoroso (Everton). Técnico: Mano Menezes


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