Carlos Montagner, diretor de prova do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula-1, em Interlagos, demonstrou preocupação com o futuro do circuito paulista, que recebe a penúltima etapa da temporada 2009 no domingo. Ele admitiu que o autódromo terá dificuldades em acompanhar o crescimento do número de equipes que a categoria terá a partir do ano que vem.

– Não podemos fazer nada maior do que temos aqui. Para o ano que vem, o que vamos fazer? Não tem mais para onde crescer – disse Carlos, referindo-se à área dos boxes.

Atualmente, a Fórmula-1 conta com 10 equipes. No ano que vem, a previsão é a de que pelo menos 13 participem da categoria - se o grupo suíço que comprou a BMW Sauber for aceito, serão 14, com 28 pilotos alinhados no grid.

Interlagos tem 23 boxes. Destes, dois são usados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), para pesagem dos carros e para abrigar o safety car. Cada equipe tem um à disposição, com exceção de Ferrari e McLaren, que utilizam dois. A fornecedora de pneus também ocupa o espaço.

O aperto no circuito faz com que as equipes reclamem com frequência por melhor estrutura. O diretor de prova, porém, descarta que Interlagos tenha problemas com o tamanho dos boxes.

– Para nós, nunca chegou nada. Não sei quem ouve essas coisas. O tamanho dos boxes daqui é diferente apenas dos circuitos mais novos – declarou Carlos.

Chico Rosa, administrador de Interlagos, descartou também qualquer plano para expandir a pista.

– Ainda não temos nenhuma definição em relação à quantidade de equipes que vão correr em 2010. A gente vai começar a pensar já com essa determinação. Quando o número de equipes estiver determinado e se a FIA achar que precisamos mudar alguma coisa, eles vão nos comunicar – disse Chico.