| 08/10/2009 11h23min
São 105 convocações, 87 jogos, três gols e duas Copas do Mundo – e um título – pela Seleção Brasileira. O respeitável currículo é do volante Giberto Silva, que, aos 33 anos, poderia não sentir mais empolgação ao ouvir seu nome na lista de convocados e ao vestir o uniforme para treinar na Granja Comary. Mesmo diante de tantas experiências, o jogador parece se sentir renovado ao observar garotos que estão na expectativa de vestir, pela primeira vez, a camisa verde-amarela.
– A vontade não muda, pelo contrário. A cada oportunidade que você tem de estar na Seleção Brasileira, a vontade aumenta. Pensei muito na minha primeira chegada na Granja, foi praticamente nessa época, com dois jogos fora, um momento difícil. Hoje voltar à Granja com a situação diferente, a tranquilidade que temos é realmente especial. Muitos aqui têm vontade, isso é importante. São todos vitoriosos em seus clubes e querem isso na Seleção – disse Gilberto Silva.
Diante de tanta experiência com a camisa da Seleção, o volante poderia pensar em recordes individuais. Bater número de convocações, aumentar as participações em jogos. Mas nada disso seduz tanto Gilberto Silva quanto servir ao país. De fala mansa e jeito simples, o volante logo cativa com quem conversa. E rebate de primeira qualquer pergunta sobre um possível impacto da proximidade de novas marcas com a camisa do Brasil.
– Não, de forma alguma. Toda marca na minha vida profissional é consequência de trabalho. Sempre procurei fazer meu trabalho bem feito para ter vida longa e me manter aqui dentro. Graças a Deus tenho conseguido mesmo com tanta concorrência – afirmou o volante.
Com a ausência de Lúcio, por lesão muscular, Gilberto Silva deverá usar a faixa de capitão nos confrontos contra Bolívia e Venezuela. Um reconhecimento a quem defende a Seleção Brasileira há quase oito anos.
LANCEPRESS