| 18/09/2009 17h03min
Magrão está indo para o Al Whada, dos Emirados Árabes. A pronúncia certa é "Aluada". O Inter passou por lá, quando fez a pré-temporada em Dubai, em janeiro de 2008. Tem tem boas relações com o clube. Zé Mário, aquele técnico que um dia classificou de avanço um empate com o São José, no Beira-Rio, sagrou-se campeão nacional no comando do Al Wahda. O meia Pinga, que veio da Itália como grande reforço e não deu certo aqui, saiu de Porto Alegre direto para o tal time árabe.
Mas nada disso importa. O que importa é que o volante Magrão está deixando o Inter em nome do Al Wahda e dos petrodólares.
A se efetivarem as negociações, confirmadas por Tite, a notícia é ruim. Péssima. Não é hora de perder jogadores. Faltam 14 rodadas para o
fim do campeonato. A decisão é agora.
Giuliano já está na
seleção sub-20. Sem Magrão, as opções de qualidade para o losango de meio-campo adotado por Tite acabam. Imaginando-se a composição titular com Sandro, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro, quem entra quando um destes estiver suspenso ou machucado? Glaydson? Wagner Libano ou Marcelo Cordeiro na articulação? Quem sabe improvisar Kleber se o argentino ficar fora? Mas aí quem entra na lateral-esquerda?
Vai ficar complicado.
Em um momento destes, faz falta perder um jogador experiente e calejado como Magrão, capaz de desempenhar até três funções de meio-campo, com direito a gols como o contra o Avaí, surgindo como centroavante. Mais: na hora decisiva, experiência conta muito. E Magrão é experiente. É um perda e tanto, com jeito de reprise do ano passado.
Uma boa notícia até o jogo contra o Vitória, amanhã, seria algo acontecer na negociação entre Inter, Magrão e Al Wahda e o volante esperar o fim da temporada
para sair.
Porque na reta final do
Brasileirão, 30 anos depois do tricampeonato invicto de Benitez, Falcão, Mauro Galvão, Jair e Mário Sérgio, não se pode perder jogadores como Magrão.
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