| 05/09/2009 05h30min
Vinicius Rebello
Apesar do desabafo de Tcheco (foto), que chegou a falar como reserva, Paulo Autuori decidiu prolongar a titularidade do capitão do Grêmio contra o Vitória, hoje. Douglas Costa, portanto, fica no banco. Por enquanto, está apenas na cabeça do técnico sacar Tcheco. Algo dentro do seu arcabouço para o futuro, pode-se dizer. Do contrário, não treinaria com ele na reserva.
Nem por isso o jogo desta tarde-noite no Olímpico deixa de ter um atrativo especial. Não é só
a estreia de Fábio Rochemback. É mais: é o primeiro jogo do maior reforço do Grêmio em 2009.
Alguém poderá lembrar de Maxi López. Mas
o argentino chegou lotado de desconfiança a Porto Alegre. Houve quem desmaiasse ao deparar com suas primeiras atuações, no Gauchão. Desde a sua saída do River Plate, não tinha emplacado em lugar algum. O mundo do futebol havia quase desistido dele, esquecido que estava lá no Moscou FC.
Hoje está recuperado. É ídolo da torcida. Mas Rochemback chega com uma estampa no currículo: foi jogador de Seleção Brasileira. Se mostrar a metade do futebol que o fez colecionar 14 jogos com a camiseta verde-amarela, emprestará outra dinâmica ao meio-campo. E qual é o cérebro de um time? O meio-campo.
Se o meio-campo é o cérebro do time e Rochemback é volante que faz gols, então o Grêmio acrescenta muitos neurônios interligados por uma vastidão de sinapses ao time.
A entrada de Túlio na lateral-direita pode liberar de verdade Lúcio do outro lado. E ele, como se sabe, vira ponteiro quando arranca, seja até o flanco ou enveredando na
diagonal. Mesmo com Tcheco e sem Douglas Costa, o que
poderia indicar um 4-3-3. Neste caso, haveria uma jogada interessante pela esquerda, com o jovem talento amado pela imprensa britânica e Lúcio. Mas a simples inclusão de Fábio Rochemback é motivo de sobra para o torcedor comparecer em bom número ao Olímpico.
Deste jogo das 18h30min pode sair uma fórmula menos dolorosa para vencer fora de casa, diante do Náutico, nos Aflitos, na próxima rodada. Claro que antes é preciso ganhar no Olímpico outra vez, mas do jeito que o Grêmio flana em casa, a lógica manda somar três pontos a mais na tabela.
A menos que o Sobrenatural de Almeida, de Nelson Rodrigues, entre em campo.
Mas aí não tem como prever.
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