| 27/08/2009 12h20min
O amadurecimento veio com teste de fogo. Da necessidade de um dia ter de substituir Fernanda Venturini no Rio de Janeiro e no outro, Fofão, na seleção brasileira. As cobranças que já tiraram o sono de Dani Lins hoje lhe arrancam sorrisos. O título do Grand Prix, o oitavo do Brasil, contribuiu para isso. A emocionante partida contra a Rússia, decidida apenas no tie-break, também teve sua parcela. As informações são do GloboEsporte.com.
– Eu nunca tinha jogado contra elas. Deu um nervosismo até o 10º ponto, mas depois fiquei tranquila. E tinha ainda a responsabilidade de levantar para as campeãs olímpicas. Estou me sentindo mais amadurecida depois de jogar naquele nível. Comecei bem com essa carga toda em cima de mim. Fico pensando: quem vou substituir agora? – contou a atleta, rindo da brincadeira.
A jovem jogadora de 24 anos vem recebendo elogios do técnico José Roberto Guimarães. Não só pela evolução, mas por saber que ainda tem muito a aprender.
– Esse campeonato foi uma prova de fogo para a Dani. Foi bom vê-la atuando como atuou. Cada adversário tinha um jogo diferente, e ela soube observar isso. Sofreu muito, mas a melhor coisa que aconteceu na vida dela foi entrar num grupo pronto, bem estruturado, mas que ainda precisa se impor – disse Zé Roberto.
Dani comprou o desafio. Agora é uma pessoa mais flexível e mais aberta às sugestões e críticas. Ela se tornou uma jogadora mais consciente das suas responsabilidades, sempre pedindo conselhos às companheiras e ao comandante. Além disso, também elevou o seu grau de exigência pessoal.
– Substituir Fofão é, pelo menos, chegar nas bolas que só ela conseguia. Eu sei que ainda não estou no nível de uma campeã olímpica, mas estou evoluindo a cada treino. O Zé até fala que eu tenho humildade de pedir ajuda e que faço isso até demais. Ele pega no meu pé, mas eu quero mais é que faça isso mesmo. Acho que tenho muita sorte de ser treinada por dois ex-levantadores – declarou.