| 21/08/2009 18h42min
A campeã olímpica do salto em distância, Maurren Maggi garantiu a vaga na final logo na primeira tentativa, debaixo de chuva, e, o que é melhor, sem dor. A atleta e o seu treinador, Nélio de Moura, planejaram a temporada para que a saltadora chegasse da melhor maneira possível ao Campeonato Mundial em Berlim.
– Não sinto dor nenhuma, nenhuma mesmo. Fomos para o salto de segurança para classificar porque nas eliminatórias são apenas três saltos e não se pode dar bobeira. Cheguei a pensar em nem saltar os outros, mas o Nélio pediu para que eu saltasse para ajustar algumas coisas. Eu sei que ainda falta muito, tenho alguns detalhes para acertar, mas o importante é estar na final. No domingo, a história é outra – afirma a saltadora, que terminou com a quinta melhor marca das eliminatórias: 6,68m.
Maurren não está exagerando quando fala das dificuldades das eliminatórias. Nas Olimpíadas de Pequim, foi a são-tomense naturalizada portuguesa Naide Gomes quem acabou
se atrapalhando e ficando
fora das finais. Desta vez, em Berlim, duas das cinco saltadoras apontadas por Nélio de Moura como principais adversárias de Maurren acabaram fora da decisão de domingo: a russa Elena Sokolova e a americana Funmi Jimoh.
– A Jimoh é muito instável. Queimou os dois primeiros saltos, então realmente a pressão no último é muito grande. Na final, é mais difícil acontecer surpresas, a briga vai ficar mesmo entre as atletas mais experientes – afirmou a brasileira, que não escondeu um sorriso quando assistiu à eliminação da americana enquanto dava entrevistas.
A campeã olímpica estava tão concentrada na prova que, livre das dores, até esqueceu de usar a proteção no joelho em seu primeiro salto.
– Cheguei olhar para a caixa de areia pensando que tinha caído. Só quando voltei para o banco é que vi que tinha deixado lá. Ruim foi que tinha uma goteira bem onde eu estava e fiquei ali o tempo todo pegando chuva. Tomara que não chova na final – diz.
Com informações do GloboEsporte.com