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 | 12/08/2009 16h57min

Argentina vence e prepara o inferno contra o Brasil

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br




 Mindaugas Kulbis,AP

 

 

 

 



O amistoso de hoje contra a improvável Estônia, em Tallinn, não significou quase nada para a Seleção do ponto de vista técnico. Digo quase porque é sempre bom vencer, ainda mais se na bagagem vier um recorde como o alcançado pela equipe treinada por Dunga.

 O 1 a 0, gol de Luís Fabiano (foto), representou 17 jogos sem derrota, a maior invencibilidade brasileira da década. A marca anterior era de Carlos Alberto Parreira, entre 2003 e 2004: 16 partidas sem perder.

Foi um treino. E, sob este ponto de vista, produtivo. Diante do calendário apertado, qualquer chance de reunir os jogadores é bom para o treinador ir firmando o esquema e o seu conceito de futebol.

Mas notícia da rodada de amistosos da Fifa é a Argentina. Depois dos sucessivos fiascos, aí incluídos os 6 a 1 para a Bolívia, a Argentina recuperou-se. E contra um adversário de respeito. Ganhou por 3 a 2 da Rússia, em Moscou.

Além da vitória, que aliviou a vida de Maradona, o jogo teve algumas recuperações individuais. Aguero, genro do técnico, marcou um golaço de fora da área, no ângulo do goleiro. Uma pintura. A Rússia saiu na frente, a Argentina fez três gols, virou com garra e soube administrar quando os russos diminuíram faltando 13 minutos para o final. Mas o que isso tem a ver com a Seleção Brasileira?

Se faltava algum ingrediente para incendiar a partida do dia 5 de setembro, em Rosário, pelas Eliminatórias, agora não falta mais.

A retomada anímica e psicológica da Argentina com o resultado de ontem vai tornar o Estádio Gigante de Arroyito, inaugurado em 1929 e com capacidade para 41 mil pessoas, um inferno. Na Copa de 1978, o time de Cláudio Coutinho empatou em 0 a 0 lá. Se o local do enfrentamento já havia sido escolhido a dedo por Maradona por se tratar de uma "panela de pressão", imagine como entrará em campo a Argentina embalada pela vitória sobre a Rússia.

Maradona não pode nem pensar em perder. Está em 4º lugar, no limite da zona de classificação à Copa de 2010, com 22 pontos. Como o 5º lugar só pega repescagem e o Equador tem 20 pontos, os argentinos vêm feito búfalos rilhando os dentes sobre o Brasil, líder na tabela com 27 pontos. Vai ser uma guerra em Rosário.



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