| 12/08/2009 11h06min
Em uma entrevista ao jornal Le Parisien, da França, Alain Prost disse entender o lado de Michael Schumacher de tentar voltar a F-1, mas acha que o alemão agiu certo em desistir de ocupar o lugar do brasileiro Felipe Massa no GP da Europa. Segundo o tetracampeão mundial, o alemão necessitaria de mais tempo para entrar em forma física ideal para correr e ter um retorno a sua altura.
– O desejo e a motivação de retornar leva tempo para desaparecer. Você leva muito tempo para abandonar a F-1. Michael e eu penduramos nossos capacetes por motivos diferentes, mas, quando você é competitivo, a tentação de retornar é grande. Mas se há um risco físico, Schumacher foi certo. O pescoço é crucial para o esporte e, com dores, você rapidamente sente náusea e tem a visão ofuscada.
O francês também questionou se Schumacher tomou esta decisão devido ao rendimento. Para o francês, o alemão poderia ter desistido porque "viu que a tarefa seria complicada".
– Ele não corre na F-1 há três anos e teve somente três semanas para se preparar. O corpo muda muito rápido quando você para de correr. Um piloto não reage da mesma forma e a visão não é tão apurada. Quando voltei em 1993, após oito meses parados, foi difícil encontrar o melhor nível. Schumacher talvez precisaria de mais tempo – disse Prost, que tomou como exemplo sua carreira.
– Em 1994, a McLaren me chamou para pilotar. Testei por três dias e vi, imediatamente, que algo se quebrou. A velocidade estava lá, mas não o desejo de controlar a pressão, as viagens e a imprensa que vêm junto com um campeonato – disse Prost.
Prost também nessa entrevista fez uma revelação inédita, ao dizer que quase foi o segundo piloto na Ferrari na temporada de 1996 para ajudar Schumacher.
– Um ano depois, Jean Todt sugeriu que eu me tornasse companheiro de Schumacher, para ajudá-lo a ser campeão na Ferrari. Seria claramente o número dois, o que era O.K.. Quase fui, mas não corri pelas mesmas razões – disse o ex-piloto de F-1.
LANCEPRESS