| 12/08/2009 05h15min
O Inter que retornou da viagem ao Japão não voltou apenas com o ânimo renovado. Ele reapareceu mais movediço e, ao mesmo tempo, sem perder o poder de marcação. O Inter pós-sacudida de vestiário já mostra um Kleber mais perto daquele jogador brilhante dos tempos de Santos, um Bolívar mais zagueiro do que lateral, Giuliano, incansável como volante, meia e até ponta-direita, e Alecsandro como pivô móvel na frente. Na primeira amostra, goleada sobre o Sport e retorno ao G-4.
O gol de Giuliano contra os pernambucanos
começou com um lançamento de
Kleber, que naquele momento enveredava pelo meio-campo. Giuliano correu pela ponta-direita, cortou um defensor, invadiu a área e marcou um golaço. Para que o lateral-esquerdo avance, Bolívar tem por missão permanecer atrás, como um terceiro zagueiro. Giuliano passa a ocupar a lateral-direita ofensiva.
Ainda no meio-campo, Guiñazu passou a guardar mais a posição a fim de permitir os avanços de Sandro. A ordem para ele é avançar sempre que faça um desarme. Foi assim que Sandro chegou à área do Sport para marcar o segundo gol colorado. Já Andrezinho, além de armar o jogo, também mostrou qualidade na marcação.
Neste contexto, D’Alessandro só voltará ao time quando Andrezinho ou Giuliano (ou Magrão) estiverem impedidos de atuar. Para escalar o argentino, Tite precisaria mexer na função de Andrezinho – sacando Giuliano – ou montar o setor com dois armadores: D’Alessandro e Andrezinho, perdendo o poderio de marcação.
– O Andrezinho pode jogar na posição do
Giuliano ou mais adiantado. O
Giuliano pode trabalhar nas duas, e o D’Alessandro, só na mais avançada – justificou o técnico.
No ataque, Alecsandro e Taison já demonstram bom entrosamento e passaram a marcar a saída de bola dos zagueiros – o que não vinha ocorrendo com frequência. A ideia da comissão técnica é que a equipe não fique presa à marcação.
– A movimentação dependerá do posicionamento do adversário. Temos de variar nossa mecânica de jogo – comentou o auxiliar Cléber Xavier.