| 10/08/2009 10h51min
Ainda vai levar um bom tempo até ele calçar as chuteiras e voltar a campo pelo Inter. O atacante Walter vive uma rotina no Beira-Rio que nenhum jogador gosta de enfrentar: a recuperação de uma lesão nos ligamentos do joelho. O jogador se machucou numa partida pelos juniores do Inter, diante do São José-PA, no dia 15 de maio. De lá para cá, já se vão dois meses e meio de fisioterapia e uma cirurgia no local.
– Faço o tratamento agora na academia: peso, caneleira, bicicleta... Nesta semana comecei a caminhar na esteira e espero em breve começar a trotar daqui a umas três semanas. Mas voltar a mexer com bola só em outubro. Por enquanto futebol é só no videogame e ver os companheiros jogando – diz o jogador de 20 anos, que projeta retornar ainda em 2009: – Espero voltar ainda esse ano e jogar pelo menos duas ou três partidas. Seria um sonho para mim.
O fisioterapeuta Mauren Mansur é quem tem acompanhado diariamente o tratamento de Walter. E com bons indícios de uma plena recuperação:
– Ele fechou a 10º semana. Está numa evolução muito boa. Contamos por semana para justamente analisar a evolução. No caso dele, a melhora está sendo franca e objetiva. Ele está indo muito bem. Recém começamos a parte de alicerce muscular. Não estamos trabalhando a hipertrofia porque ainda estamos em fase de maturação do novo enxerto ligamentar. Começamos a trabalhar a parte aeróbica há pouco tempo. E também com cuidado no peso, pois o atleta parado fica mais agitado, mais ansioso. Estamos aparando todas as arestas para deixar o atleta mais perto de "ser um atleta" – ponderou o fisioterapeuta.
A lesão nos ligamentos do joelho direito do atacante o levou para a mesa de cirurgia, como é de praxe para atletas de alto nível. A vantagem de Walter é o fato de ainda ser jovem. Mas para náo gerar expectativas, Mansur prefere a cautela ao projetar a recuperação total do jogador de 20 anos:
– O fato dele ser novo ajuda muito. E a genética muscular dele favorece muito. Qualquer trabalho de carga que se coloque nele já aparece o resultado. Isso varia da individualidade de cada um. Mas claro, quanto mais novo, mais rápido tende a ser a recuperação. Mas é preciso cautela."
Enquanto fica de molho, longe da bola, dos treinos com os companheiros e dos jogos, Walter aproveita a presença da família em casa, no bairro Menino Deus, próximo ao Beira-Rio. Além da mãe, Edith Maria da Silva, que chegou quando ele se lesionou, a irmã Sueli e o sobrinho Maurílio também trocaram o calor de Pernambuco pelo frio gaúcho e servem de companhia para o atacante:
– Eu cheguei na hora exata. Quando eu vim para Porto Alegre aconteceu a lesão dele – lembra a mãe, dona Edith.
– São essas pessoas que me dão força. Não é fácil uma operação no joelho. Vou ficar seis meses, sete meses fora – finalizou Walter, após mais uma manhã de fisioterapia no Beira-Rio, enquanto esperava o almoço ficar pronto em casa.
CLICESPORTES