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 | 09/08/2009 05h10min

Grêmio em campo neutro contra o Barueri

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Li dia destes que a média de público na Arena Barueri mal chega a 3 mil pessoas. Como há sempre um expressivo número de gremistas com o Grêmio onde o Grêmio estiver, como nos ensinou Lupicínio Rodrigues, mesmo que seja em Barueri, pode-se afirmar que o time do técnico Paulo Autuori estará, no mínimo, em campo neutro hoje, às 18h30min, no pior horário do mundo para futebol aos domingos. Logo, aumentam bastante as chances de vitória, já que o Grêmio só perdeu (seis vezes) e empatou (duas) fora de casa neste Brasileirão.

Faço esta brincadeira inicial — é claro que o Grêmio no Olímpico, em São Paulo ou no Tadjiquistão é favorito contra o Barueri — para entrar na parte séria da conversa.

O empate em 1 a 1 com o Palmeiras foi ruim. Deixou o Grêmio 10 pontos atrás do líder, o próprio clube do Parque Antártica. Falar praticamente só em G-4 quando sequer terminou o primeiro turno de um campeonato de 38 rodadas, como já começa a acontecer nas imediações da Azenha, não condiz com as melhores tradições azuis. Por isso defendo que o Grêmio, ao não reduzir para sete pontos a diferença em relação ao líder, colheu um mau resultado na quinta-feira.

Bem, mas o que passou não existe mais. E como o futuro é uma abstração, pois quando acontecer já será presente, o negócio é apostar tudo no agora. E o agora é o Barueri.

Este jogo das 18h30min ganhou contornos de final de Copa do Mundo. É um tom um tanto dramático, exagerado. Reconheço. Mas o fato é que Palmeiras, Atlético-MG ou mesmo Goiás não podem, sob hipótese alguma, aumentar suas vantagens sobre o Grêmio na rodada.

Mas o time de Autuori tem tudo para, enfim, perder a virgindade longe de Porto Alegre.

Os desfalques não chegam a preocupar. Mesmo Réver, que exibe regularidade em altíssimo nível na zaga, tem em Rafael Marques um bom substituto. Se não é tão bom quanto o titular, pelo menos vive o seu melhor momento. O ingresso no Jadílson no lugar de Fábio Santos, com o pé quebrado, coincidiu com o período de superioridade no Parque Antártica. Não será, ou não deveria ser, ao menos, diferente na Arena Barueri.

Hoje não pode haver desculpas de nenhuma espécie. Indo bem ou mal o jogo inteiro ou apenas uma parte dele, não importa: a vitória é caso de urgência urgentíssima. Porque é muito cedo para só pensar em G-4 no Olímpico.

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