O Grêmio vai muito bem em casa. Neste domingo, venceu o Cruzeiro por 4 a 1 no Olímpico, mantendo o excelente aproveitamento como mandante. Longe de seu estádio é que mora o problema: não tem uma vitória sequer. E o próximo adversário é o Palmeiras, no Palestra Itália, na quinta-feira. Logo após a goleada sobre o time mineiro, o capitão Tcheco valorizou o resultado favorável diante do líder do Brasileirão.

– É uma boa oportunidade procurar a vitória contra o líder. Estamos perto, mas não o suficiente do G4, e nossa meta é bem clara. Se não terminarmos o primeiro turno no G4, pelo menos temos que ficar perto dele. Esse processo passa pelas vitórias sobre Palmeiras e Barueri fora de casa – destacou.

Tcheco revela que o técnico Paulo Autuori já avisou que terá uma conversa mais firme sobre a necessidade da vitória longe do Olímpico, que só aumenta a jogo fora.

– Ele (Autuori) já nos passou que vai ter uma conversa mais de perto para mostrar o significado do que estamos deixando de fazer fora de casa e fazendo dentro. Ele quer padronizar nosso time tanto dentro como fora de casa – explicou.

Para vencer o Palmeiras, Tcheco aposta na motivação. Para ele, isso está acima de tudo.

– Motivação no futebol é tudo, está acima de fator psicológico, preparação física... Se não tiver isso já é meio caminho perdido. Motivados nós vamos com certeza, até por se tratar de ser o Palmeiras, líder do campeonato. Temos uma boa oportunidade para provar para nós mesmos que fora de casa temos condição total de vencer – reiterou.

Esclarecimentos sobre a história do "bonitinho"

Dias após a derrota do Grêmio para o Avaí, na 13ª rodada do Brasileirão, Tcheco deu uma declaração polêmica. Ele disse que quando o time perdia, ele era o criticado. Já quando o time ganhava, quem fazia o gol e que tinha fama de ser o bonitinho da torcida, era aplaudido. Neste domingo, depois da goleada sobre o Cruzeiro, o capitão esclareceu o que quis dizer naquela situação.

– Fui mal interpretado. Quando eu quis dizer queridinho, vocês (jornalistas) citaram o Maxi, e eu não citei nome nenhum. Não quero dizer que o Maxi é o queridinho da torcida. Eu não tenho vaidade, se tivesse, não deixaria o Souza cobrar falta, por exemplo. Eu quis dizer que qualquer jogador que faz uma boa partida em uma vitória é o queridinho da torcida. Por coincidência, o Maxi fez gols nas últimas partidas, e aí acabou se criando esse rótulo – explicou.

Tcheco não precisou conversar com Maxi López sobre o assunto, o argentino não deu bola para a repercussão da frase do capitão.

– Nem cheguei a falar com ele, não precisou, ele é muito tranquilo. Não aconteceu nada – afirmou.

Elogios a Douglas Costa

Assim como Autuori, Tcheco elogiou o garoto Douglas Costa após o jogo deste domingo. Na opinião dele, o meia tem mais futuro que Anderson, Lucas e Carlos Eduardo, que também saíram da base do clube para se destacar no futebol mundial.

– Quando o Douglas Costa apareceu no ano passado eu disse que ele ia ser o melhor jogador da base dos últimos tempos, acima do Anderson, do Lucas, do Carlos Eduardo. Mas ele precisa saber o que quer da vida. O dia em que ele colocar na cabeça que ele quer ser um jogador de verdade, que ele quer se concentrar em todos os momentos, ele vai crescer. Potencial ele tem muito, é jogador de Seleção Brasileira – declarou.