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 | 24/07/2009 03h25min

Carvalho admite que há problemas no condicionamento físico do grupo

Vice de futebol diz que há queda de rendimento físico, mas preparador vê outras razões

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

A queda de rendimento físico, provocada pelo acúmulo de viagens, explica, em parte, os maus resultados do Inter nas últimas partidas. A avaliação é do vice de futebol Fernando Carvalho, que prevê um equilíbrio com as outras equipes a partir da próxima rodada. Mas o preparador Fábio Mahseredjian faz avaliação diferente: é obra de fatores técnicos, táticos e físicos.

Os problemas se agravaram depois do jogo contra a LDU, em Quito. Um dia após chegar de Recife, os jogadores embarcaram para o Equador. No total, foram quase 33 horas a bordo, somadas as duas viagens. Ainda assim, Carvalho contesta as críticas a um eventual erro de planejamento.

O dirigente já começou a perceber progressos no condicionamento dos jogadores no segundo tempo da partida contra o São Paulo, quarta-feira.

– Depois do segundo gol deles, pressionamos o tempo todo. O jogo estava se encerrando e ainda criávamos chances – lembrou.

Masheredjian não se sente pressionado. Diz que, no ano passado, também havia críticas quanto ao desempenho físico do time. Até que, em setembro, com a volta das vitórias e a posterior conquista do título da Sul-Americana, elas desapareceram. Segundo o preparador, o Inter vive agora uma fase de oscilação já enfrentada por outras equipes.

– Time que está mal fisicamente não encurrala o São Paulo como fizemos. Não há culpados específicos. Todos ganhamos e todos perdemos – defende-se o preparador.

Carvalho não vê motivo para pânico e manterá Tite

Apesar da insatisfação com o retrospecto negativo obtido pelo time a partir de junho, Carvalho não vê motivo para pânico. Ontem, ele voltou a confirmar a manutenção do técnico Tite. Mesmo que o Inter volte a perder para o Botafogo, resultado que diz considerar normal, assim como o empate contra o São Paulo. Ele assegura que não irá se curvar a pressões.

– Temos consciência do que estamos fazendo, da qualidade do trabalho realizado. Tite é bom treinador, tem o comando do grupo. Não sofro influências. Qualquer mudança de técnico sempre demora a surtir efeito – explica.

Envolvido com problemas de saúde na família, Tite foi ontem para Caxias do Sul. Ainda não é certo que ele possa acompanhar o time hoje à tarde na viagem ao Rio, para o jogo de amanhã contra o Botafogo.

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