| 14/07/2009 03h48min
Lembra de quando os jogadores do Grêmio diziam que o vestiário sob o comando de Celso Roth era um conto de fadas, todos felizes para sempre? Passados pouco mais de três meses, vão surgindo evidências de que a realidade era diferente do manifestado em público. E tais descobertas se descortinam por um motivo: o Grêmio está apaixonado pelo técnico Paulo Autuori.
Não que os jogadores boicotassem ou se empenhassem menos com Roth. Não se trata disso. Mas a felicidade dos jogadores sob o comando de Autuori é algo notório. Ontem, Tcheco contou com certo orgulho de uma conversa que teve com Autuori. O técnico queria ouvi-lo após algumas partidas. Foi uma conversa a sós, ambos colocados no mesmo nível pelo técnico, sem aquela hierarquia de comandante e comandado.
– O Paulo não gosta que a gente diga isso. Prefere que se fale em “a cara do Grêmio”. Mas não há como negar: nosso time já tem a cara dele – derrama-se Tcheco. – A diferença fundamental em relação ao Celso (Roth) está
em ter mais opção para
dar o passe. Os meias e volantes têm mais liberdade para aparecer na frente.
Para Léo, o Grêmio se defende melhor, mesmo que tenha perdido um zagueiro em benefício de um jogador no meio-campo. Túlio em vez de Rafael Marques, no caso.
– Estamos mais perto e agrupados. A equipe está mais consistente defensivamente – afirma Léo.
O encantamento com Autuori e o crescimento de produção do time é tal que já aparecem cuidados com o excesso de otimismo. Sobre Gre-Nal, por exemplo, ninguém fala depois do jogo de amanhã contra o Coritiba, no Couto Pereira. Silêncio absoluto, especialmente na hora de admitir que o momento do Grêmio é bem melhor do que o do rival, mergulhado em crise.
– Ih, não me metam em polêmica – divertia-se Tcheco, o capitão de um time, agora sim, feliz com o jeito de jogar definido pelo seu treinador.