O Inter reluta em aceitar a oferta de 15 milhões de euros (R$ 41,5 milhões) do Wolfsburg, da Alemanha, pelo centroavante Nilmar. Intermediário da negociação, o empresário Jorge Machado disse ontem que o valor solicitado pelo clube “é muito maior do que isso”. Em Quito, a direção disse desconhecer qualquer proposta.

– Nessas bases, não há como o negócio evoluir – entende Machado, que negocia na Alemanha a renovação de contrato de Carlos Eduardo com o Hoffenheim.

Machado confirma ter mantido dois contatos com o presidente Vitorio Piffero, o último deles por telefone. Nas duas vezes, ouviu como resposta que o Inter não aceitaria conversar sobre a saída do jogador antes do encerramento da Copa do Brasil, o que ocorreu na semana passada.

Apesar da dificuldade, um encontro entre representantes do Wolfsburg e de Nilmar deverá ser realizado amanhã, em São Paulo. Representante do jogador, Orlando da Hora prometeu “pôr na mesa da direção” uma oferta oficial em uma semana.

Caso aceite o valor, o Inter receberá 70% dos 15 milhões. O restante iria para o empresário Delcyr Sonda, que ajudou a manter o jogador no Beira-Rio quando o clube viu-se forçado a adquirir 40% de seus direitos federativos. Um contrato por produtividade permitiria que o Inter faturasse mais 3 milhões de euros (R$ 8,3 milhões) em dois anos.

Nilmar prefere manter-se à parte de qualquer tratativa. Ontem, em Quito, apesar dos pedidos insistentes dos jornalistas, evitou falar sobre o assunto.

Não é a primeira vez que o Inter rejeita uma proposta de 15 milhões de euros. Valor igual havia sido oferecido no meio do ano passado pelo Palermo, da Itália.