| 24/06/2009 11h52min
Scheidt se surpreende ao ouvir que participou da última vitória gremista sobre o Cruzeiro no Mineirão. Mais que participar, ele foi decisivo ao marcar um gol nos 2 a 0 impostos pelo time de Celso Roth ao de Levir Culpi em 18 de outubro de 1998.
— Não acredito! Já faz 11 anos! Fiquei sabendo agora! E aquele gol foi no Dida, não foi em qualquer goleiro — recorda, em entrevista por telefone.
O ex-zagueiro vê lições naquela partida para a decisão que começa nesta quarta, contra o Cruzeiro, pela semifinal da Libertadores:
— Lembro que o time estava numa crescente. Começamos mal o campeonato de 1998, mas com a chegada do Celso Roth o time cresceu muito. Logo depois daquele jogo, ganhamos do São Paulo no Morumbi, foi muito bom. Quando o time está bem, as coisas podem acontecer. O importante é acreditar no seu potencial, é isso que o Grêmio tem que fazer hoje.
Scheidt conhece quase todos os jogadores do grupo atual, por ter
jogado contra a maioria deles. Seus amigos mais próximos
são os colegas dos tempos de Botafogo: Ruy, Túlio, Rafael Marques e Joilson. Aos 33 anos, está começando a atuar como empresário, junto com Jorge Machado. Por enquanto, diz que está "só aprendendo".
Otimista, acredita que o Grêmio é favorito para a chegar à final da Libertadores:
— Pela característica dos times e por estar com o elenco mais forte para uma decisão como essa, acho que o Grêmio passa. Tem que usar a experiência destes jogadores. Tem que jogar com força, com a raça que o Grêmio tem. Não pode mudar o jeito de trabalhar. Tem que fazer o que o Paulo Autuori está armando, mas estar sempre ligado que é uma decisão. Não vai ser 5 a 0 nem para um nem para outro time. É muito difícil acontecer de novo o que aconteceu aquela vez contra o Palmeiras (na Libertadores de 1995).
Agora torcedor do clube que o formou como profissional, o ex-zagueiro fica nervoso durante os jogos. Impedido de ajudar dentro de campo, ele conta que fala com os jogadores
pela televisão como se pudesse ser
ouvido. Será assim nesta quarta, às 21h50min. Scheidt estará grudado na TV, torcendo para que o time derrube a escrita de quase 11 anos sem vencer no Mineirão, mesmo que ele tenha sido um dos responsáveis pela última vitória:
— Para mim isso não quer dizer nada. O importante é o Grêmio passar para a final. Mas não precisa quebrar escrita, acho que 1 a 1 ou 0 a 0 está ótimo. Tem que se preocupar em não perder e trazer a decisão para Porto Alegre.
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Ex-zagueiro virou torcedor do time e fica nervoso ao assistir aos jogos pela TV
Foto:
Sílvio Ávila, BD - 31/5/1999