| 17/06/2009 08h50min
No Pacaembu, um árbitro brasileiro em má fase e com tendência de avaliar a característica de cada partida, adaptando-se ao estilo exigido pelo confronto; no Olímpico, um juiz paraguaio em excelente temporada, da escola Sul-Americana. O comentarista da Rádio Gaúcha, Chico Garcia, analisa as arbitragens das partidas decisivas de Inter e Grêmio nesta Superquarta:
Corinthians x Inter
O paranaense Héber Roberto Lopes, auxiliado por Roberto Braatz, também do Paraná, e Alessandro Álvaro da Rocha de Matos, da Bahia, comanda a primeira partida da final da Copa do Brasil. Às 21h50min, Corinthians e Inter se enfrentam no Estádio Pacaembu, em São Paulo.
Segundo Chico Garcia, Heber não vive boa fase. Ainda assim, o árbitro conta com a confiança da CBF, e emplaca sua segunda decisão consecutiva de Copa do Brasil - em 2008, ele esteve à frente do duelo de ida entre Corinthians e Sport Recife.
– O Heber Roberto Lopes não anda em boa fase, não consegue se firmar no cenário internacional, mas agora tem uma oportunidade de ouro. Ele tem uma característica interessante de sentir o jogo, e à medida que a partida vai se desenrolando, ele vai soltando. Se o jogo começa a ficar ríspido, ele dá uma segurada. Isso é bom, assim como na questão dos cartões. A parte disciplinar é favorável. Mas no aspecto técnico, ele tem cometido muitos erros – avalia Garcia.
Ele acredita, entretanto, que os auxiliares tenham um bom desempenho, o que tranquiliza os colorados. Afinal, com jogadas rápidas e infiltrações pelo chão, os jogadores do Inter podem forçar lances de dúvida quanto à marcação de impedimentos:
– A dupla é formada por dois dos principais auxiliares. O Roberto Braatz, principalmente, tem quase um olho biônico. São experientes, não acredito que vão sucumbir à pressão da torcida.
Grêmio x Caracas
A
partida entre Grêmio e Caracas, às 21h50min da Superquarta, no Estádio Olímpico, terá o paraguaio Carlos Torres no apito, auxiliado por Rodney Aquino e César Franco, também paraguaios. Para Chico Garcia, é uma excelente notícia aos torcedores gremistas.
– O torcedor do Grêmio pode ficar muito mais tranquilo com relação à arbitragem. Eu considero o Carlos Torres o principal, o melhor árbitro Sul-Americano. A margem de erro dele é muito pequena, ele está sempre bem posicionado, e no aspecto disciplinar ele controla o jogo como poucos. Ele é fantástico neste aspecto – justifica.
A tendência é de partida corrida, com arbitragem próxima dos lances e com critério bem definido:
– O jogo vai ser solto. Vai ser jogado, vai ser corrido. O Carlos Torres tem a escola Sul-Americana, e não aquela percepção do brasileiro de sentir o jogo.