| 15/06/2009 19h14min
As obras do aeromóvel de Porto Alegre devem começar no segundo semestre. A confirmação ocorreu nesta segunda-feira, quando a Trensurb entregou à prefeitura da Capital o Projeto de Viabilidade Urbana do Aeromóvel. Os trens suspensos, movidos a ar, ligarão a Estação Aeroporto, da Trensurb, ao terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, funcionando como uma espécie de elevador horizontal. A ideia é que as pessoas paguem uma passagem única para se deslocar de aeromóvel e trem. De acordo com o vice-prefeito e secretário extraordinário da Copa, José Fortunatti, o projeto abre caminho para outros similares em Porto Alegre.
— Se o aeromóvel der certo, se tiver baixo custo em termos de manutenção e desperdício de energia, eu não tenho dúvidas de que muito brevemente Porto Alegre terá que discutir outros ramais.
Segundo o secretário, o maior investimento que as cidades sedes da Copa de 2014 terão que fazer será na qualificação do
transporte coletivo,
garantindo a melhoria da mobilidade urbana.
O aeromóvel terá 854 metros de extensão, percorridos em 70 segundos. O veículo contará com dois carros, um para 150 e outro para 300 passageiros, utilizados conforme a demanda. A linha terá dois terminais, um na área paga da Estação Aeroporto e outro junto à passarela de acesso ao edifício garagem do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
O layout dos carros atenderá às normas de acessibilidade universal, facilitando o acesso a cadeirantes, idosos e portadores de deficiência visual. Também está previsto espaço para o transporte de bagagens e malas de viagem. As obras estão orçadas em R$ 30 milhões, que segundo o presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, virão de recursos do governo federal.
— Nós estamos aguardando a inclusão desse projeto no PAC da Mobilidade que o governo está para anunciar até o final do mês. Mas já temos a garantia, para que a gente possa ter na Copa do Mundo um sistema
renovado.
A prefeitura tem
agora cerca de 30 dias para aprovar o projeto e autorizar o início das obras. A expectativa é que a liberação do aeromóvel para funcionamento ocorra em um ano.