| 14/06/2009 14h39min
O técnico Dunga até chegou e saiu sorridente da entrevista coletiva oficial da Fifa neste domingo, em Bloemfontein, na África do Sul, na véspera da estreia do Brasil na Copa das Confederações contra o Egito. Mas os momentos de descontração intercalaram com broncas e críticas durante as perguntas.
– Quando o Brasil joga e ganha é assim: antes do jogo o adversário é forte. Depois, o adversário é fraco. E quando a gente perde a gente é ruim. Nosso time nunca é bom – disparou o treinador ao ser questionado sobre a força do Egito.
Com um aproveitamento de 73,3% no comando da Seleção (26 vitórias, dez empates e quatro derrotas), o treinador também não gostou de ser questionado se o título da Copa das Confederações serviria como afirmação no cargo. Dunga, que conquistou em 2007 a Copa América vencendo a Argentina na decisão, garantiu que não se preocupa com os críticos.
– Não me preocupo em calar crítico. Isso não vai se calar nunca.
Cheguei à Seleção e falavam que eu ficaria dois
meses e já estou há três anos. Me preocupo muito em trabalho. E algumas pessoas levaram para o lado oposto. Foi me dada a oportunidade e estou fazendo aquilo o que eu tenho na minha cabeça. É melhor errar por tentar fazer alguma coisa do que ficar em cima do muro ou querer agradar a todos – disse Dunga.
Dunga também demonstrou não ter gostado de comentários de que vem treinando pouco a Seleção Brasileira. Desde a apresentação dos jogadores em Teresópolis, o treinador deixou claro que estava preocupado com o desgaste físico do grupo já que a maioria dos atletas vinha do fim da temporada europeia.
– Se eu treinasse com os jogadores (antes da partida contra o Paraguai, no Recife), eu desgastaria o time. Não vou discutir com o (Paulo) Paixão (preparador físico), que tem Copas do Mundo, é campeão mundial. Não vou discutir com o Runco (médico da Seleção). Alguns podem dar opinião porque são mais capacitados, estudaram para isso. É um momento muito delicado da Seleção Brasileira porque os jogadores estão no limite – disse.
Sobre um possível fracasso da Seleção Brasileira, Dunga voltou a criticar os jornalistas.
– A gente quer muito da Seleção, mas eles são humanos como os outros. Talvez um pouco mais de critério seria legal. Mas também seria exigir demais. Temos uma visão. Nascemos jogando futebol. Outros começaram a jogar com 50 anos e aí têm outra visão – finaliza.
Com informações do GloboEsporte.com