| 13/06/2009 15h40min
Faltando menos de um ano da Copa do Mundo de 2010, Luís Fabiano vê a Copa das Confederações como um momento decisivo na Seleção. O atacante conquistou a confiança do técnico Dunga e se firmou como titular, mas ainda não é visto pelos torcedores brasileiros como o homem de referência na equipe. Para isso, o jogador sabe que nada melhor do que brilhar em uma competição oficial. As informações são do GloboEsporte.com.
Foi o que aconteceu com Adriano, por exemplo, em 2004, na Copa América, e em 2005, na Copa das Confederações. O atleta brilhou nas duas competições, superou a desconfiança da torcida e carimbou ali o passaporte para a Copa de 2006. Já Robinho virou o símbolo da Era Dunga ao ser o destaque da Copa América de 2007.
Luís Fabiano considera que ser o principal atacante da Seleção Brasileira é, atualmente, uma das missões mais difíceis. Isso porque os torcedores viram nas últimas duas décadas dois dos maiores jogadores de todos os tempos ocupar o posto: Romário e Ronaldo.
– Eu acredito que essa é a posição mais cobrada da seleção no momento. Tem o peso de ter que fazer os gols. Passaram por aqui grandes jogadores, caras consagrados. Foram os melhores do mundo. A pressão é muito grande, realmente. Mas venho fazendo a minha parte. Sou artilheiro da Seleção nas Eliminatórias (com sete gols). Com tranquilidade vou administrando essa pressão de ter que fazer os gols da Seleção – disse o atacante em Bloemfontein, onde a Seleção Brasileira está concentrada para a estreia na Copa das Confederações.
O atacante sonha com a artilharia da competição, mas evita falar em uma disputa para ser o destaque do torneio. Com um pensamento nada individualista, Luís Fabiano prefere colocar o grupo em primeiro lugar. Mas faz uma projeção de quantos gols espera marcar na Copa das Confederações.
– Faço uma projeção antes da competição. Depende do número de jogos. Se o Brasil jogar as cinco partidas, para eu brigar pela artilharia, teria que marcar um gol por jogo. Aí é uma média boa. Se jogar cinco partidas gostaria de fazer um mínimo de cinco gols e, assim, brigaria pela artilharia. Só ficaria fora se alguém surpreender e fazer quatro gols em uma única partida – disse.
Em 2005, Adriano foi o artilheiro da Copa das Confederações com cinco gols. Em 1997, o status pertenceu a Romário, que fez sete. Em 1999, Ronaldinho Gaúcho foi o artilheiro com seis gols.
Atual dono da camisa 9, Luís Fabiano vem marcando gols decisivos para a seleção nas Eliminatórias. Em 2007, fez os dois da vitória sobre o Uruguai, no Morumbi, quando a torcida já começava a perder a paciência. Depois, no momento mais crítico de Dunga na equipe, quando o Brasil chegou a ficar em sexto lugar nas Eliminatórias e ia enfrentar o Chile em Santiago, Luís Fabiano fez dois gols na vitória por 3 a 0. Depois, no fim do ano, o atacante marcou três vezes no amistoso contra Portugal, que trouxe novamente a paz à seleção.
– É mais uma oportunidade para mostrar que eu posso ser o atacante da Seleção. Não penso em ser o jogador da competição, o destaque da equipe. Gostaria que o Brasil conquistasse esse título. Isso é o mais importante. Somos um grupo e ganha todo mundo. Mas se eu tiver a oportunidade de ser o artilheiro ficaria muito feliz. Mas o importante é conquistar o título. Aí todo mundo ganha. Não adianta ser o destaque e sair na semifinal – salientou.
Luís Fabiano: a pressão é muito grande, realmente, mas venho fazendo a minha parte
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Divulgação, CBFNews