| 13/06/2009 22h18min
O melhor lateral-direito em atividade no Brasil, segundo os dirigentes do Inter, está no Beira-Rio. Mas pode trocar de clube e de país se tudo der errado na próxima semana. Por isso, Bolívar mandará proposta de 1,5 milhão de euros para encerrar o vínculo com o Monaco na França e livrar o campo para assinar com o Inter até o final de 2010. Se tudo der certo, ao menos participará da finalíssima da Copa do Brasil contra o Corinthians.
Talvez por isso, nos últimos jogos do Inter, ninguém tem sido mais impetuoso e voluntarioso do que ele. Assim deve ser neste domingo, às 18h30min, contra o Vitória, no Beira-Rio. Contra o Coritiba, por exemplo, cometeu faltas, foi à frente e correu com a desenvoltura que sugere sua melhor fase no ano. Mas ele nega que a indefinição do futuro mudou seu jogo.
— O time é assim, chega junto. Quem não quiser contato físico, que vá jogar tênis ou vôlei, fica um em cada lado da rede. Sem a bola, temos de recuperá-la o mais rápido possível —
explica.
Bolívar está
convicto de que a expulsão contra o Coritiba e os lances viris diante do Cruzeiro não foram influências do período de negociações:
— Fui expulso injustamente em Curitiba. No Mineirão, o jogo estava quente, a pegada dos dois times era grande, mas não fui desleal em momento algum.
Agora, suspenso da primeira final da Copa do Brasil contra o Corinthians, aguarda a solução de sua vida no Monaco para encaminhar a renovação no Inter até o próximo dia 1º. De contrato novo, jogaria a segunda final.
Aos 28 anos, Bolívar é uma espécie de filho adotivo do Inter. Surgido nos juniores do Guarani-VA, ele transferiu-se para a base do Grêmio. Sem chances no grupo profissional, retornou a Venâncio Aires, perambulou por Joinville e parou no Brasil-Pe.
Quando pareceu que permaneceria no Interior, o Inter surgiu em sua vida. Contratado em 2003, entrou para a história três anos depois, ao vencer a Libertadores. Nem bem ficou para a festa. Com Sobis,
Jorge Wagner e Tinga, tomou o rumo da Europa.
Fez dinheiro no Monaco antes de retornar ao Beira-Rio e conquistar a Copa Sul-Americana e o Gauchão.
Repatriado pelo Inter, Bolívar pensou que voltaria como zagueiro. Afinal, foi assim que obteve a consagração. Mas Fernando Carvalho, Tite e Cléber Xavier tinham outros planos para o jogador. Bolívar assumiria a lateral-direita. Para isso, a defesa passaria a atuar com uma linha de quatro homens, com um dos laterais disfarçando-se de terceiro zagueiro quando o outro avançasse.