| 09/06/2009 04h52min
Embora Dunga não tenha confirmado, é praticamente certo que a Seleção iniciará o jogo de amanhã com Alexandre Pato no comando do ataque. Se ele estivesse pensando em Nilmar, já o teria lançado no decorrer do jogo contra o Uruguai, quando Luís Fabiano recebeu o primeiro cartão amarelo na partida, segundo na competição. Naquele momento, Luís Fabiano já estava suspenso do próximo jogo. Como a partida estava bem encaminhada, o treinador podia ter colocado Nilmar em campo, para ele ir se entrosando com Robinho e Kaká.
Além disso, Dunga costuma dar chance a jogadores que estão há mais tempo no grupo. Pato já foi convocado 13 vezes por Dunga em seus quase três anos no comando da seleção. Nilmar foi chamado apenas duas vezes pelo treinador. Como costuma ser coerente na sua relação com os atletas, dificilmente Dunga alterará esta rotina.
Para todos nós, que estamos acompanhando Nilmar de perto, parece que ele está no seu melhor momento. Mas certamente Pato está mais
entrosado com Kaká, com quem
treina e joga no Milan. De qualquer maneira, a Seleção estará bem servida com qualquer um dos dois. Ambos têm futebol suficiente para cumprir bem o que o público brasileiro espera de um centroavante. Há, inclusive, quem defenda a escalação dos dois ao mesmo tempo, considerando que Robinho não vem jogando bem. Mas isso só tem chance de ocorrer no decorrer do jogo, não no início.
Números
Os números da Seleção expressam a boa campanha de Dunga nas Eliminatórias. Com ele no comando, o Brasil superou o mito do favor local. Nos sete jogos fora de casa, já somou 12 pontos, com aproveitamento de 57%. Em casa, foram seis partidas até agora e outros 12 pontos ganhos, o que significa performance de 67%. Nas fases classificatórias dos Mundiais anteriores, o Brasil sofreu mais quando saiu de casa. Considerando-se a mesma rodada atual, teve aproveitamento de 33% como visitante e de 78% como mandante em 2002. Em 2006, foi de 48% e 78%
respectivamente.
Confirmação
Milan e Real Madrid confirmaram ontem a transferência de Kaká para o futebol espanhol. Não foi surpresa para ninguém, o negócio já vinha sendo efetivado às claras. Kaká vai lucrar duplamente: no aspecto financeiro e também no técnico. A tendência é que ele se destaque ainda mais num futebol que, diferentemente do italiano, não tem a marcação como ponto forte.
Jogador de velocidade e recursos técnicos, Kaká vai se dar bem na Espanha.
Misto
Maradona escalou uma equipe formada basicamente por reservas para o jogo da próxima quarta-feira em Quito, contra o Equador. Messi ficará fora do jogo por duas razões: ele não passou bem na altitude, quando a Argentina foi goleada pela Bolívia, e já está com um cartão amarelo. Se receber outro, ficará fora do jogo contra o Brasil, no dia 5 de setembro.
Distinção
A Argentina ganhou em casa
da Colômbia, mas não agradou. O debate de ontem na imprensa argentina centrava-se na distinção entre
escore e rendimento. Também aqui este tema deveria ser mais aprofundado.