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 | 03/06/2009 05h10min

Sandro admite marcação individual sobre Marcelinho

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br












Foto:Diego Vara

O volante Sandro tem uma característica interessante. Toda vez que alguém lhe propõe um desafio diante do qual qualquer um engasgaria e faria "glup" ele sorri com naturalidade espantosa. Ontem, na chegada do Inter a Curitiba, por volta de meia-noite, aproveitei para dirimir uma dúvida. Quem e marcará Marcelinho Paraíba, que volta hoje depois de cumprir suspensão no Beira-Rio? Será missão de um, dois ou vários jogadores alternadamente? Ou é tarefa para um só?

Em menos de 24 horas na capital paranaense, pude constatar: Marcelinho é o rei do Alto da Glória. Pergunte a qualquer torcedor de verde e branco quem fará os gols de seu time e eles dirão apenas um nome: Marcelinho Paraíba. A chance de alguém lembrar, sei lá, do argentino Ariel, pronto, é nenhuma. É só Marcelinho, Marcelinho e mais Marcelinho. Pois então: quem o vigiará, se o atacante de 34 anos e oito anos de Alemanha no currículo já fez 14 gols em 15 jogos pelo Coritiba?

Enquanto ajeitava a bagagem de mão para subir no elevador rumo ao quarto no hotel cinco estrelas Radisson, no bairro residencial Batel, o mais chique da cidade, Sandro me disse o seguinte. Não está descartada marcação individual sobre Marcelinho Paraíba. Mas ainda: se ela existir, a bronca é com ele mesmo.

— É o mais normal. Eu sou o primeiro homem do nosso meio-campo. O Marcelinho é o mais avançado do meio-campo deles. Basta o Tite me dar o toque durante o jogo e eu grudo nele — afirmou Sandro, assim como se estivesse jogando canastra com os irmãos na varanda de casa.

Foi além Sandro. Tudo será decidido na palestra das 19h50min, no hotel, antes da partida para o estádio.

— O Marcelinho é rápido e chuta forte. Se o Tite me pedir para marcá-lo, tudo bem. Vejo isso depois com o Tite.

É mesmo espantosa a calma de Sandro. Mesmo que esteja a algumas horas de duelar com o salvador da pátria do time adversário, o único capaz de tirar o Inter da Copa do Brasil, nem uma nesga de preocupação. Bem, talvez esteja aí a chave da boa fase de Sandro: a confiança.

Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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