A sexta-feira definiu os classificados para a terceira fase da Seletiva Petrobras de Surfe Masculino, a Divisão de Acesso do Campeonato Masculina, na Baía de Maracaípe, em Pernambuco. O destaque do dia foi o líder do ranking, o paulista Odirlei Coutinho.

Vencedor da primeira etapa em Santa Catarina, Odirlei fez a melhor apresentação, com uma nota 8,83, a maior da semana na Baía de Maracaípe. No total, somou 16 pontos nas duas ondas computadas, outro recorde.

— Hoje de manhã eu estava muito indeciso sobre qual prancha usar, mas consegui acertar na escolha do equipamento para tirar boas notas e vencer a bateria — contou Odirlei Coutinho.

— Quero me manter na liderança do ranking, mas a competição não está fácil. Além de o nível dos atletas nordestinos ser muito alto, o mar aqui sofre variações constantes de maré e nós, paulistas, não estamos muito acostumados com esse tipo de onda. Então tem que ter muito cuidado para não ser surpreendido — completou.

Dos quatro campeões brasileiros que estrearam na competição nesta sexta-feira, dois avançaram: Renato Galvão e Tânio Barreto. Galvão, paulista, tem dois títulos de campeão brasileiro da Divisão de Acesso e venceu a bateria.

— O mar está muito difícil com essa maré, ondas muito curtas quebrando na beira, mas com maré secando deve melhorar. Tentei forçar bastante as manobras para tirar as notas e consegui pegar duas ondas regulares para vencer — contou.

O alagoano Tânio Barreto, que mora em Santa Catarina, passou em segundo, no sufoco, graças à última onda que surfou. Apesar de garantir a classificação, não gostou do que fez na bateria.

— Foi uma das piores baterias do ano. O mar está muito difícil, proporcionando apenas uma manobra. O swell baixou um pouco, a onda está sem força e ainda bem que no final eu consegui pegar uma que deu para virar. Agora vou descansar e depois treinar para tentar fazer melhor amanhã — disse.

Os locais Halley Batista, Alan Donato e César Aguiar também se deram bem. A melhor apresentação de Halley valeu nota 8,5, somando 15,67 pontos ao final da bateria. O conhecimento da Baía de Maracaípe foi um fator que ele julgou determinante para o sucesso nas difíceis condições do mar na sexta-feira.

— Fui buscar as ondas no outside e consegui encontrar lá as notas que me garantiram o primeiro lugar na bateria. Este é um mar que eu surfo desde criança e isso me ajudou bastante. O importante é ficar atento à variação da maré para não se perder. Vou cair em todas as baterias como se fosse uma final e quero vencer este campeonato para o título ficar aqui em Maraca — disse Halley.

Baterias da terceira fase

1 - Alan Donato (PE), Jorge Spanner (RJ), Marco Fernandez (BA), Thiago de Sousa (CE)
2 - César Aguiar (PE), Franklin Serpa (BA), Renato Galvão (SP), Tânio Barreto (AL)
3 - Yure Nogueira (PB), Ulisses Meira (PB), Wilson Nora (BA), Leandro Bastos (RJ)
4 - Jeferson da Veiga (PR), José Júnior (RN), Fábio Silva (CE), Michel Grattz (ES)
5 - Odirlei Coutinho (SP), Diego Rosa (SC), Halley Batista (PE), Renan Borba (RS)
6 - Márcio Farney (CE), Felipe Ximenes (SC), Saulo Junior (SP), Diego Santos (SP)
7 - Hugo Bittencourt (RJ), Alex Ribeiro (SP), Bruno Galini (BA), Betinho Rosa (CE)
8 - Alan Saulo (PB), Alandreson Martins (BA), Danilo Costa (RN), Messias Félix (CE)
9 - Yan Guimarães (RJ), Guilherme Ferreira (SC), Michel Roque (CE), Saulo Carvalho (PB)
10 - Hizunomê Bettero (SP), Alan Jones (RN), Fabrício Júnior (RN), John Max (RN)
11 - Beto Mariano (SC), Crhistiano Spirro (BA), Ricardo Ferreira (SP), Itim Silva (CE)
12 - Jano Belo (PB), Flávio Costa (BA), Rudá Carvalho (BA), Igor Morais (RJ)