| 15/05/2009 05h10min
Daniel Marenco, Banco de Dados ZH - 09/03/2009
Taison (foto) passou o dia em Pelotas, ontem. Lá, teve uma conversa franca com uma pessoa fundamental na sua formação de jogador e profissional do futebol. Alcione Dornelles é seu empresário e segundo pai. Desde que o descobriu aos 14 anos no clube Progresso, de onde também saíram Emerson e Daniel Carvalho, Dornelles o trata como filho. E Taison o trata como pai.
Alcione entende que a marcação, além de dura, tem sido um tanto violenta, mas isso fica por conta do sentimento de pai que sofre com o drama do
filho. Mas vale prestar atenção no que Alcione diz acerca do momento de Taison, criticado após duas atuações bastante inferiores, contra Corinthians e
Flamengo, em relação a ele mesmo no Campeonato Gaúcho.
— Vou falar para ele o que muitos não falam. O elogio demasiado atrapalhou. A realidade do Taison mudou muito neste sentido. É claro que ele está sendo mais marcado, estão batendo no guri, mas isso não pode ser desculpa. Sempre o orientei que é preciso autocrítica no futebol e na vida. E paciência, também. Vamos conversar. O futebol que o Taison está jogando não é o dele. Mas posso garantir, porque conheço a humildade do guri: este futebol voltará.
O depoimento de Alcione, empresário e espécie de segundo pai de Taison, um menino pobre criado com nove irmãos em Pelotas, merece cuidadosa reflexão. Pode estar aí uma luz para uma questão que preocupa o Beira-Rio.