As Superligas mal terminaram e a maior novidade para a próxima temporada já veio à tona. A bola com chip, que apontará aos árbitros se bateu dentro ou fora da quadra, foi apresentada nesta quinta-feira. O equipamento instalado no interior da bola enviará informações para antenas e câmeras logo após o lance. O juiz receberá em um palm top a imagem ou sinais coloridos, verde para dentro e vermelho para fora da quadra. Os torcedores nos ginásios tirarão suas dúvidas em telões. Porém, o aparato pode trazer custos às equipes.

– O juiz vai decidir se quer seguir aquela indicação. Se ele achar que não quer acatar, será uma arbitrariedade, mas ele poderá fazer isso, porque é a autoridade máxima do jogo – explicou o presidente da CBV, Ary Graça.

A Penalty e a 3RCorp trabalharam por quatros anos pela inovação no vôlei. A bateria do chip dura por seis horas e pode ser recarregado em um processo semelhante ao do enchimento da bola com uma bomba de ar. Não há peso adicional à bola e nem danos ao sistema tecnológico por conta das pancadas dos jogadores.

A data de estreia oficial da bola só será estabelecida após um acordo entre CBV, Penalty e Sportv, detentora dos direitos de exibição. A expectativa de Ary Graça é que ela seja usada no maior números de jogos possíveis, aumentando a audiência do esporte. No entanto, o aparato custa R$ 100 mil e a operação mais R$ 30 por partida. E tanto a entidade como a fornecedora de materiais esportivos sabem que os clubes não pretendem arcar com o valor.

– Eu sou pequenininho para negociar com a Globo. Depende da Penalty. Nós esperamos que na Superliga todos os jogos de TV contem com a tecnologia – sinalizou Ary Graça.