| 02/05/2009 15h38min
O inglês Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), rebateu as críticas de Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, a respeito do novo teto orçamentário de 40 milhões de libras (cerca de R$ 130 milhões) que as equipes de Fórmula 1 terão de obedecer a partir da próxima temporada.
– A Fórmula 1 pode sobreviver sem a Ferrari. Seria muito triste perder a Ferrari – afirmou.
O presidente da equipe italiana criticou o valor do custo limite e disse que a medida pode ser prejudicial para a principal categoria do automobilismo mundial, de acordo com o site Globoesporte.com.
– Todos os aspectos do novo regulamento devem ser revistos cuidadosamente. Eu sempre me preocupei com a introdução (do teto orçamentário), principalmente porque eu acho muito difícil tecnicamente estes gastos serem monitorados de verdade – analisou di Montezemolo.
Mosley espera contar com o apoio das diretorias das principais
montadoras envolvidas na Fórmula 1 para fazer valer o
novo limite de custos.
– Eu acho e espero que quando uma equipe for à mesa diretora da empresa e disser ‘quero bater de frente com a FIA, pois quero gastar R$ 300 milhões a mais que a FIA me permite’, os diretores digam ‘por que você não pode gastar R$ 130 milhões se os outros times podem?’ – disse.
O presidente da entidade máxima do automobilismo mundial garante que a redução de gastos das equipes de Fórmula 1 é fundamental para a saúde financeira da categoria a curto e a longo prazo e reforçou que a FIA não vai voltar atrás.
– O teto orçamentário veio para ficar. Há margem para negociação, pode aumentar ou até diminuir em 2011, e se a economia voltar a crescer, digamos em 2014, o valor poderá subir. O orçamento tem de acompanhar os interesses do esporte, mas o importante é ter todo mundo no mesmo nível de gastos – explicou.