| 01/05/2009 10h58min
Ayrton Senna devorou os recordes na sua primeira temporada pela McLaren. com o melhor carro já construído na categoria, o MP4/4, e o imbatível motor Honda, o brasileiro quebrou os recordes de vitórias e poles em uma só temporada (8 e 13) e bateu Alain Prost com uma vitória épica no GP do Japão, quando se recuperou de uma largada ruim e subiu do 16º para o primeiro lugar com ultrapassagens decididas.
No ano seguinte, Senna era o favorito ao título e parecia caminhar rumo ao bi com três vitórias em quatro corridas. Mas, após uma incrível sequência de falhas mecânicas, Ayrton perdeu terreno para Prost, que reverteu as quebras do brasileiro em vitórias suas. Naquele momento, os dois já estavam brigados e o francês conquistaria o título de 89 ao jogar Senna para fora da pista no GP do Japão, quando o brasileiro precisava vencer lá, o que aconteceu na pista até Senna ser desclassificado, e na Austrália para ser campeão.
Foi a pior derrota da carreira de Ayrton, que ainda
foi suspenso pelo
presidente da FIA, Jean Marie Balestre, francês e amigo de Prost, após acusações de manipulação de resultados. A pena ficou em suspenso e, em 1990, Senna mais uma vez disputou o título com Prost, que se mudou para a Ferrari. Senna venceu seis provas contra cinco do rival e levou o bi em nova colisão com o francês em Suzuka.
Em 1991, o campeonato não teve as polêmicas de antes, até porque Prost se afundou com a Ferrari. O rival de Senna passaria a ser Nigel Mansell, na rejuvenescida Williams. Enquanto o inglês sofria com a confiabilidade de seu carro no início do ano, Ayrton venceu as quatro primeiras corridas, uma delas épica. Em Interlagos, Senna perdeu cinco das seis marchas do McLaren e, com raça incomum, conseguiu levar o carro até o final para terminar a corrida exausto. Depois Mansell reagiu e chegou a ameaçar o tri de Ayrton, que, entretanto, somou pontos importantes e sacramentou a conquista novamente no Japão.
Mas a Williams vinha crescendo com força e
Mansell foi imbatível em 1992.
Com um carro muito superior, o inglês não deu chances a ninguém, muito menos Senna, que teve a sua pior temporada pela McLaren com um conjunto ruim. Ayrton ainda venceu três provas, a mais emocionante delas em Mônaco, quando suportou uma pressão brutal do rival para igualar o recorde de Graham Hill.
Mansell decidiu trocar a F-1 pela Indy e quem assumiu seu lugar foi Prost, que vetou a contratação de Senna. O brasileiro, apesar de ter perdido o título para o francês, teve o gostinho de humilhar o rival em várias oportunidades, sobretudo quando chovia, casos das vitórias nos GPs do Brasil, Europa e Japão. Na corrida de Donington Park, Ayrton fez a primeira volta mais marcante da História: após cair para quinto nos primeiros metros, o brasileiro passou Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Alain Prost numa volta só.
Outro momento marcante para Senna foi a quebra do recorde de seis vitórias em Mônaco. Na última vitória, na Austrália, Ayrton fez as pazes com
Prost no pódio, numa cena
que marcou o fim de uma era e também uma nova transição de vagas, já que o francês deixou a Williams e deu a vaga a Senna. Ayrton queria o tetra e achava que a Williams lhe daria os meios para isso.
Visitante observa troféu de Ayrton Senna na exposição em homenagem ao piloto que morreu há 15 anos no GP de Imola
Foto:
Sebastião Moreira, Agência EFE