| 30/03/2003 17h58min
O Figueirense estreou no Brasileirão 2003 com um empate fora de casa, com o 1 a 1 diante do Vitória, no Estádio do Barradão, em Salvador, na tarde deste domingo, dia 30. Seria um bom resultado se não fossem as circustâncias da partida. O time catarinense saiu na frente aos 18 minutos do primeiro tempo, com Renato Santiago, e vinha segurando bem o placar, até ceder o empate aos 39 minutos do segundo tempo, em gol de Nádson.
Mesmo com um início equilibrado, foi o Vitória quem teve as melhores chances nos primeiros minutos. Sem conseguir entrar na área alvinegra – que estava bem protegida pela dupla Márcio Goiano e Eloy –, a equipe da casa teve que se contentar com os chutes de longa distância, com Vander. Em um deles, a bola explodiu na trave após o desvio do goleiro Édson Bastos. O único lance mais agudo do rubro-negro foi com o habilidoso Zé Roberto, o adversário mais perigoso, que fez bela jogada individual e tocou para o atacante Allan Delon perder na cara do gol. Aliás, o ídolo da torcida local estava em tarde pouco inspirada.
O Vitória não converteu as chances que apareceram e abriu espaço para o Figueirense surpreender. Aos 18 minutos, Danilo armou para Renato Santiago e o atacante chutou fraco, no pé da trave, e a bola entrou chorando, abrindo o placar na capital baiana. O gol serviu para aumentar a pressão dos torcedores sobre os jogadores rubro-negros, facilitando o serviço do Figueirense. O time catarinense, por outro lado, atuava com bastante tranqüilidade, saindo da defesa com a bola dominada, tabelando com consciência.
Avanço desta forma, a bola chegava redonda aos meias Bilu e Luciano Sorriso, que tiveram boa atuação e controlaram o meio-campo, obrigando o Vitória a atacar pelas pontas, onde Zé Roberto era a opção mais lúcida. No restante da etapa, as melhores oportunidades foram do Figueira. Bilu cobrou uma falta com perigo e Roberto perdeu uma grande chance de ampliar, em lance pelo alto, dentro da pequena área, após furada da zaga adversária. Do lado do Vitória, apenas um chute cruzado do lateral-direito Maurício exigiu uma defesa mais difícil de Édson Bastos.
O Figueirense começou o segundo tempo com muita objetividade e teve duas jogadas perigosas antes do primeiro tempo, com Paulo Sérgio e Danilo. A pressão alvinegra aumentou o nervosismo do Vitória, que passou a abusar das faltas, sob a complacência do árbitro, que não distribuiu cartões amarelos.
Mesmo sem ter levado perigo ao gol do Figueirense, e ainda levar sufoco em alguns momentos, o Vitória chegou ao gol do empate aos 39 minutos, em um lance fortuito. Almir roubou a bola de Gilmar, avançou pelo lado esquerdo até a linha de fundo e cruzou para a área. Édson Bastos, que já salvou o time em várias ocasiões, desta vez saiu mal e permitiu a cabeçada de Nádson, que empatou. O Vitória foi para a pressão nos últimos minutos, mas não chegou à vitória.
Além de ceder o resultado no final, o Figueirense também teve uma notícia ruim com a lesão do lateral-direito Paulo Sérgio, que torceu o tornozelo, teve que deixar a partida no segundo tempo e é dúvida para a partida contra o Fortaleza, na quarta, dia 2, pela Copa do Brasil.