| 30/04/2009 11h30min
Pode até ser que o Santos contrarie todos os prognósticos e aplique no Corinthians a diferença de três gols capaz de reverter a derrota por 3 a 1 na Vila Belmiro. É difícil, para não dizer impossível. Mas em futebol tudo é possível. Até o sargento Garcia prender o Zorro, como parece ser o caso.
Agora, esta história de lei da mordaça ordenada pelo presidente do Santos, Marcelo Teixeira, é uma bobagem do tamanho da façanha que o Santos precisa realizar para ser campeão paulista no Pacaembu. Até domingo, ninguém fala. Só o técnico Wagner Mancini e seus auxiliares. Os outros estão condenados a uma mudez sem precendentes.
É uma pena, para não dizer falta de inteligência. Uma decisão assim é o momento de os jogadores ganharem visibilidade para suas carreiras e ajudarem a dar notoriedade positiva ao clube. Final de campeonato é um evento que
envolve uma série de atores.
Exemplo:
sem entrevistas, os patrocinadores do próprio Santos se veem privados da exposição de suas marcas nos noticiários de TV. Isso sem falar na restrição ao livre trânsito da informação, mal próprio das ditaduras. Mais: sinaliza falta de confiança nos seus jogadores, com se a qualquer momento um deles fosse dizer alguma besteira capaz de incendiar o adversário.
O argumento usado por Teixeira para a lei da mordaça é banal: "não tirar o foco" da partida. O curioso é que, antes de perder duas seguidas em casa, para o CSA e o próprio Corinthians, nenhum dirigente pensou em foco ou lei da mordaça. Para badalar Neymar e a arrancada surpreendente no Paulistão a mídia serviu.
Se dar um "cala boca" nos próprios jogadores é o grande trunfo do Santos para domingo, a decisão começa mal para os lados na Vila mais famosa do país.
Leia os textos anteriores da coluna No
Ataque.