| 27/04/2009 16h05min
Quando chegar a Recife hoje à noite para enfrentar o Náutico, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, o Inter será recebido como um time quase mágico. É assim que a imprensa pernambucana tem tratado o campeão gaúcho. Bastou o Náutico ganhar de virada o Criciúma no Estádio dos Aflitos por 3 a 2, credenciado-se a enfrentar o Inter, e a partida começou a ganhar contornos um tanto míticos. Se o Náutico vencer, terá sido por ato inequívoco de heroísmo. É o que afirmam os pernambucanos.
O Diário de Pernambucano chegou a usar a expressão "bicho-papão" como sinônimo de Inter, no último sábado. Fez levantamento cuidadoso da campanha do Inter no primeiro semestre, com número de gols, adversários,
aproveitamento da dupla Taison/Nilmar e por aí afora. E concluiu
tratar-se mesmo de um "bicho-papão". Repare só em uma parte da reportagem, que é longa (Timbu é o apelido do Náutico, algo assim como Galo para o Atlético-MG):
"Agora, o Timbu vai enfrentar o "bicho papão" deste início de temporada no país. Mas será que o Internacional-RS vem fazendo uma temporada tão irretocável assim? O Diário fez um levantamento da campanha colorada no Gauchão e também na Copa do Brasil e constatou que o Inter é mesmo hoje referência no futebol nacional. Assim é bom os alvirrubros colocarem as barbas de molho".
Os outros grandes jornais de Recife — Jornal do Commercio e Folha de Pernambuco — vão pelo mesmo tom, com pequenas variações. Como se vê, o Náutico é considerado zebra mesmo para a primeira partida por motivo duplo: o bom cartaz do Inter e o cartaz ruim do Náutico. Na seleção do campeonato estadual, conquistado pelo rival Sport, o Náutico teve apenas dois escolhidos. Além do atacante Gilmar, estrela e goleador da equipe, também o
lateral-esquerdo Johnny mereceu
lembrança. Marcelo Ramos, do Santa Cruz, representou o Santa Cruz. Os outros oito jogadores são do Sport.
Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.