| 27/04/2009 06h00min
O Corinthians levou a melhor sobre o Santos no primeiro jogo da final paulista especificamente por causa de dois jogadores: o goleiro Felipe e o artilheiro Ronaldo. Eles fizeram a diferença. Mais do que isso, eles desequilibraram para o lado do time que foi envolvido pelo adversário. O Santos esteve sempre melhor, buscou o ataque o tempo todo, criou oportunidades para vencer, mas acabou sendo surpreendido pela qualidade individual de dois jogadores. Quando criou chances para marcar, Felipe defendeu. Quando se descuidou na marcação, Ronaldo aproveitou para definir o jogo.
Claro que não foi tão simples assim. Mano Menezes fechou bem a sua equipe e preparou o contra-ataque com Morais, Jorge Henrique e Ronaldo. Já o Santos, que tinha em Madson o organizador de jogadas, esbarrou na boa marcação da defesa corintiana e na jornada infeliz de seus principais destaques ofensivos, o jovem Neymar e o centroavante Kléber Pereira. Teve um lance em que Kléber Pereira ficou sozinho
na frente do
goleiro Felipe e tentou driblá-lo, em vez de chutar de primeira.
No outro lado, Ronaldo deu lição de como deve jogar um centroavante. Praticamente pegou a bola duas vezes em situação de conclusão e guardou as duas. No primeiro lance, aproveitando-se da desatenção de seus marcadores, aparou com categoria um rebote de sua defesa e bateu de primeira. No segundo, esbanjou categoria, tocando por cobertura sobre Fábio Costa. Jogador decisivo como Ronaldo não pode ter um instante de liberdade. E ele teve pelo menos dois. O time de Mano Menezes está com a mão na taça.
Punição
Dificilmente o volante Germano e o zagueiro Chicão escaparão de uma punição mais rigorosa. Os dois trocaram tapas e socos num lance de área no jogo de ontem, em Santos. Nem o árbitro nem os auxiliares viram, e eles continuaram atuando normalmente. Mas a televisão flagrou a troca de agressões com tanta clareza que dificilmente os dois deixarão de ser
denunciados.
Igualdade
O
Botafogo estava com a vitória nas mãos e sofreu o gol de empate quase no final, outra infelicidade do zagueiro Emerson, que já havia marcado contra na final da Taça Rio, no jogo que habilitou o Flamengo a disputar o título. Dois gols contra em dois jogos decisivos é realmente muito azar.
Acordo
A polêmica da antevéspera do primeiro jogo do Inter contra o Náutico é a escalação de Derley, que está emprestado pelo clube gaúcho ao pernambucano. Se há um acordo formal, não há o que discutir. Se é informal, fica na palavra contra palavra. Na Europa não tem isso: quando um clube empresta um jogador, libera-o para ser adversário.