| 23/04/2009 15h30min
Às vésperas do 15º aniversário da morte de Ayrton Senna, o ex-médico oficial da Fórmula-1 Sid Watkins, um dos seus grandes amigos, revelou algumas passagens dos últimos momentos de vida do tricampeão mundial, morto em um acidente no dia 1º de maio de 1994 durante o GP de San Marino. Segundo o inglês, Senna chegou a Imola desesperado para vencer sua primeira corrida naquela temporada, mas os acidentes de Rubens Barrichello e Roland Ratzenberger o deixaram muito abalado.
– Cheguei para ele e disse: "Você é o cara mais rápido, venceu o campeonato três vezes, por que não paramos com isto e vamos pescar?". Ele pensou por um tempo e respondeu: "Não, eu não posso. Tenho de seguir". Na corrida, o carro dele estava muito instável e tive a premonição de um grande acidente. Quando cheguei ao local (curva Tamburello) e percebi que era uma lesão fatal, fiquei muito deprimido, mas você tem de controlar as emoções – contou Watkins em entrevista à rede de TV ESPN.
Watkins ainda comentou que o ex-piloto Gerhard Berger, companheiro de Senna nos tempos de McLaren, foi o único que teve acesso à UTI do Hospital Maggiore, de Bolonha, para onde o tricampeão foi levado após o acidente.
– Gerhard chegou, deixamos que ele ficasse alguns minutos e ele conseguiu ver seu antigo colega. Então percebi que não fazia mais sentido eu permanecer no hospital. Conversei com o irmão de Ayrton (Leonardo) e com a família pelo telefone e disse a eles que não fazia sentido eles embarcarem para a Europa. Eles aceitaram isso graciosamente – relembrou.
LANCEPRESS