Um dia após conquistar o terceiro título na Superliga masculina de vôlei, com os lances marcantes da vitória arrasadora na final com o Minas ainda bem vivos na memória, a direção da Cimed/Brasil Telecom já começou as negociações para a formação do grupo que vai defender o time de Florianópolis na próxima temporada. O orçamento para os próximos dois anos já está aprovado desde a semana passada e a prioridade é a renovação do contrato do treinador Marcos Pacheco.

Não só do treinador, mas de toda a sua comissão técnica. Uma boa base do atual grupo de jogadores também deve ser mantida, apesar do assédio de outros clubes.

— A gente quer manter boa parte do grupo atual, acreditamos muito nessa garotada. Já senti, em conversas particulares com os jogadores, que eles também têm o desejo de permanecer no time, mas a gente sabe que é uma questão de mercado. Esses jogadores, hoje, são o sonho de consumo de todo mundo — avaliou o gerente de esportes da Cimed, Renan Dal Zotto.

A intenção é fazer contratos mais longos, de pelo menos dois anos, coisa que não é muito comum no Brasil. No exterior é praxe e, inclusive, foi um dos aspectos que dificultou a contratação do ponta Giba, craque da Seleção Brasileira que tinha um contrato longo com o Iskra Odintsovo, da Rússia. Um sonhado reforço que não deve desembarcar tão cedo em Florianópolis.

— O Giba, hoje, está descartado. Mais do que tudo, era um projeto do marketing. Algumas empresas que estavam fazendo parte da negociação saíram e não houve acordo com o time russo — revelou Renan.

Enquanto a direção trabalha, os jogadores estão de folga. O levantador Bruninho está no Rio de Janeiro e depois vai passar uns dias em São Paulo. O restante do elenco fica em Santa Catarina até esta quarta-feira e depois está liberado para um mês de férias. Os cinco jogadores inscritos na Liga Mundial (Bruninho, o ponta Thiago Alves, os centrais Éder e Lucas e o líbero Mário Júnior) devem ter a folga interrompida, provavelmente daqui a duas semanas, para se apresentarem à Seleção Brasileira.