| 16/04/2009 10h31min
Os tambores do Estádio Índio Condá começaram a rufar nesta semana decisiva em que a Chapecoense se prepara para um confronto de vida ou morte. Vencendo o Avaí, o time do Oeste chega na final, na Série D do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil de 2010. Perdendo, fecha as portas pelo mentos até metade do segundo semestre.
— Domingo é o jogo da nossa vida e se precisarmos vamos dar nosso sangue — disse o técnico Mauro Ovelha.
Para o confronto decisivo, o treinador conta com um guerreiro que vem se destacando pela combatividade no quadrangular: Cadu. Na vitória por 2 a 1 contra o Criciúma, o volante marcou, deu carrinho evitando cruzamentos, desarmou e até apoiou o ataque, dando o chute que resultou na defesa parcial do goleiro e o primeiro gol de Bruno Cazarine.
A torcida chegou a gritar seu nome.
— Foi gratificante — lembrou o jogador, que foi escolhido o craque da rodada na seleção Top da Bola.
Cadu
disse que a vibração que vem da arquibancada dá ainda mais energia
para os jogadores no campo. O atleta de 28 anos, que vive uma de suas melhores fases, chegou a ficar na reserva no início do campeonato. Depois, entrou na zaga como substituto. Aos poucos, o "Alemão", como é chamado por alguns companheiros, foi reconquistando a vaga no time titular.
— Cresci junto com o time — disse o atleta, que no meio dos guerreiros kaingangs, é o índio loiro, pois é o único de cabelo claro no time titular.
A Chapecoense fez, nesta quarta-feira, um treinamento técnico para aprimorar o passe e a posse de bola. O clube entrou com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Catarinense de Futebol para buscar um efeito suspensivo da decisão de terça-feira do tribunal, que condenou o zagueiro Anderson Lima a ficar fora de dois jogos por agressão a Marcelo Silva no confronto de 5 de abril, contra o Joinville. O recurso deve ser julgado nesta quinta. O técnico Mauro Ovelha espera contar com o jogador para buscar sua terceira classificação
para a Copa do Brasil.