| 16/04/2009 09h40min
O italiano Flavio Briatore, diretor da Renault, que tem o brasileiros Nelsinho Piquet como piloto, disse nesta quinta, no Circuito de Xangai, cenário do Grande Prêmio da China neste fim de semana, que, dentro de três ou quatro corridas, o Mundial de Fórmula-1 estará decidido. O dirigente afirmou que o público pode perder o interesse no campeonato:
– É impossível recuperar a distância que temos destas equipes, dentro de três ou quatro Grandes Prêmios o mundial estará decidido, e não vejo o interesse das televisões e dos espectadores quando Button tiver 60 pontos, Nakajima tiver 50 e outro tiver 80 – disse.
Esta foi a resposta de Briatore ao ser perguntado pela decisão da Corte de Apelação da FIA de legitimar os difusores da Brawn GP, da Williams e da Toyota, e a vantagem que estas equipes tiveram e terão durante algum tempo.
– Os pilotos que temos na equipe são campeões do mundo e, dos que estão em outra, um se aposentaria (em referência a Rubens Barrichello) e Button, que estava mais parado que outra coisa, são os que disputam o Mundial, e não vejo onde está a credibilidade – disse.
Briatore comparou a atual edição do Mundial de Fórmula-1 com o Campeonato Italiano:
– É como se voltasse à Itália após um ano, comprasse o jornal e visse na classificação que o primeiro é o Reggina, depois o Lecce, Bologna, Torino, e embaixo a Inter, Juventus e Milan, não tem nenhum sentido – destacou.
O chefe da Renault ambém se referiu às despesas que serão provocadas pela decisão da Corte de Apelação da FIA, quando o presidente da entidade, o britânico Max Mosley, pretende impor na próxima temporada um limite orçamentário.
– No momento em que se fala de diminuir os orçamentos para 30 milhões de libras (€ 34 milhões), foram 15 milhões no Kers e 10 milhões em difusores, com isso só nos restam 5 milhões para as viagens e para pagar os empregados, por isso acho que esse orçamento de 30 milhões é totalmente irrealizável – salientou.
Briatore acha difícil que a Renault recupere a distância em relação às outras equipes
Foto:
Joao Relvas, EFE